segunda-feira, 25 de junho de 2012

GUINÉ-BISSAU




Situação político-militar
Guiné-Bissau: Governo de Transição impaciente com a CPLP


Bissau - O Governo de Transição está impaciente com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no que diz respeito à situação político-militar que se vive no país desde golpe de Estado de 12 de
Abril.
Falando à imprensa, a 22 de Junho, no âmbito dos primeiros trinta dias da vigência do Executivo saído de golpe, Faustino Fudut Imbali, ministro dos Negócios Estrangeiros, disse não compreender a posição da organização lusófona, que diz estar a bloquear a Guiné-Bissau junto das outras organizações internacionais.

«Não compreendemos a posição da CPLP para com a Guiné-Bissau enquanto país membro desta organização, que continua a dificultar e a impedir a nossa aproximação a outras organizações internacionais», disse Fudut Imbali.

Nesta conferência de imprensa, o Chefe da diplomacia do Governo de
Transição negou categoricamente que o Executivo, da qual ele faz parte, tenha sido fruto de um golpe de Estado.

A Guiné-Bissau não foi convidada para participar na próxima reunião da CPLP a ter lugar no mês de Julho próximo em Maputo, Moçambique.

Noutro registo, Fernando Vaz, ministro da Presidência e Porta-voz do
Governo, desmentiu o Secretário de Estado de Segurança Nacional e Ordem Pública que, na semana passada, solicitou o regresso da MISSANG à Guiné-Bissau.

«Fiz uma interpretação pela imprensa das declarações do secretário de Estado e, em nenhuma ocasião, ele frisou o nome da MISSANG, pois seria ridículo fazê-lo», referiu.

Basílio Sanca havia solicitado ao Presidente de Angola, José
Eduardo do Santos, que superasse os sentimentos de passado recente e reafirmasse a sua firme vontade de ajudar o povo da Guiné-Bissau.

«Quero aproveitar este acto dos direitos humanos, de solidariedade com as vítimas de intolerância e de incompreensão entre os homens para apelar às instituições democráticas da Republica de Angola e ao seu povo no sentido de ajudar os guineenses a ultrapassarem as suas dificuldades e retomarem a sua missão ao país e ao povo da Guiné-Bissau», referiu Basílio Sanca.

Sobre as obras de construções que estavam em curso na Guiné-Bissau, Basílio Sanca tinha dito que a retoma das mesmas devia ser «imediata», na construção e reabilitação do Ministério do Interior e da Brigada de Grupo Nacional de Trânsito, bem como outras obras actualmente paralisadas com a retirada da MISSANG do país

GUINÉ-BISSAU

"TEMOS QUE FAZER MUITO PARA RECUPERAR A NOSSA SOBERANIA"