sábado, 23 de junho de 2012

GUINÉ-BISSAU


NÉ BISSAU - 
Artigo publicado em 23 de Junho de 2012 - Atualizado em 23 de Junho de 2012

Lida dos Direitos Humanos guineenses satisfeita com a libertação de Bubu na Tchuto

Le contre-amiral bisau-guinéen Bubo Na Tchuto, à Banjul (Gambie), le 12 juillet 2008.
Le contre-amiral bisau-guinéen Bubo Na Tchuto, à Banjul (Gambie), le 12 juillet 2008.
AFP PHOTO / STRINGER

Neidy Ribeiro
O presidente da Liga dos Direitos Humanos guineenses reagiu de forma positiva à libertação de Bubo Na Tchuto referindo que depois do golpe de estado do dia 12 de Abril deixou de haver motivos para a detenção do contra almirante.

O ex-chefe do Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau Bubu Na Tchuto, detido em dezembro na sequência de uma tentativa de golpe de Estado, foi libertado nesta quarta-feira. Bubo Na Tchuto, em conjunto com mais cinco militares, foi detido a 26 de dezembro passado e estava desde então na prisão no quartel de Mansoa, 60 quilómetros a norte de Bissau.
Em declarações à RfI, o presidente da Liga dos Direitos Humanos guineenses, Luís Vaz Martins, mostrou-se satisfeito com a libertação de Bubo Na Tchuto, e lembrou ainda que depois do golpe de estado de 12 de Abril deixou de haver motivos para a detenção do ex-chefe do Estado maior da armada guineense.

rfi português

GUINÉ-BISSAU


GUINÉ-BISSAU - 
Artigo publicado em 22 de Junho de 2012 - Atualizado em 22 de Junho de 2012

Governo guineense desmente pedido de regresso da MISSANG

Fernando Vaz, porta voz do governo guineense de transição.
Fernando Vaz, porta voz do governo guineense de transição.
AFP FOTO/ SEYLLOU

RFI
O governo guineense decidiu tomar uma decisão definitiva sobre um possível regresso da MISSANG. O autor da declaração foi Fernando Vaz, porta voz do governo de transição, que veio negar um suposto regresso da força militar angolana ao território guineense.

Fernando Vaz, porta voz do governo guineense de transição, falou hoje à imprensa para minimizar as declarações de Basílio Sanca, secretário de estado de segurança e ordem pública do Governo de Transiçao, sobre um suposto regresso da força militar angolana, Missang a território guineense. Para Fernando Vaz, não houve nenhum pedido de regresso da força militar de Angola, e foi a imprensa que aproveitou de uma má forma as declarações de Basílio Sanca.
Acrescentando, aliás, que o governo da Guiné-Bissau, admite uma cooperação com Angola desde que seja sem armas de fogo.
Para ouvir, a entrevista de Fernando Vaz recolhida pelo correspondente da RFI em Bissau, Mussá Baldé.

GUINÉ-BISSAU:HOMENAGEM AOS HERÓIS DA AMIZADE

JORNAL DE ANGOLA


João Pedro | 

Chefe do Estado-Maior General cumprimenta soldado que ficou paraplégico num acidente
Fotografia: Paulo Mulaza
O primeiro grupo da cooperação técnica militar que esteve na Guiné-Bissau com o objectivo de ajudar a reestruturar as Forças Armadas e a polícia guineense, regressou ao país no dia 9 de Junho, e o segundo dois dias depois. Composta por 249 efectivos, a Missang voltou, 15 meses depois de ter partido, com o sentimento colectivo do dever cumprido. No passado dia 15 foi realizada uma cerimónia de recepção, presidida pelo ministro da Defesa Nacional, general Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem, na unidade militar de tropas especiais de Cabo Ledo.
Josefina Augusto é a terceira subchefe da Unidade Anti- Terrorismo (UAT) e foi a única mulher do destacamento militar da Missang. Para ela, a missão ajudou a aumentar os seus conhecimentos profissionais e o grupo cumpriu as orientações superiormente emanadas. “No nosso grupo não havia complexos. Dava-me, e vou continuar a dar-me bem com os colegas, tanto com aqueles com que regressei da Missang, como com os que estão aqui”, disse. Durante a sua permanência em Bissau, teve saudades da família e dos colegas da UAT. “Agora começo, também, a ter saudades dos nossos irmãos guineenses, porque são hospitaleiros e pretendem construir um país com paz e bem estar, o que, infelizmente, não está a acontecer”, referiu com alguma tristeza, para depois explicar que fez muitas amizades com mulheres de Bissau e que muitas delas lacrimejaram quando viram os angolanos a partir.
“Adeus! Até quando? Saudades. Esperamos que um dia voltem. Nós, da sociedade civil, estamos com vocês. Estamos abertos aos irmãos angolanos.” Foi com estas palavras, que Josefina agora recorda comovida, “que os guineenses se despediram de nós”.  Sobre a retirada da Missang, a subchefe preferiu não comentar. “Somos militares e cumprimos ordens dos nossos superiores hierárquicos. O Executivo, através do Ministério das Relações Exteriores, e os chefes militares já se pronunciaram acerca do assunto”, sublinhou. 
João Cachala também é efectivo da UAT. Antes de ter cumprido missão em Bissau, já tinha estado destacado numa outra de paz, na República Democrática do Congo.
“O militar, ou o polícia, jura bandeira e, no exercício das suas actividades, cumpre rigorosamente as ordens dos chefes. O meu trabalho exige coragem, determinação e prontidão, por isso estamos sempre em estado de alerta, para receber e cumprir as ordens dos nossos comandantes”, explicou. Afecto à unidade militar de tropas especiais, o soldado Miguel Bernardo lamenta com tristeza a morte de um companheiro de arma num acidente de viação e o facto de um outro ter ficado paraplégico. “Somos militares e estamos sujeitos a essas situações. É triste”, disse, para depois acrescentar que está pronto, em nome do povo angolano, para garantir a soberania.

Cerimónia de recepção


A cerimónia de encerramento da missão contou com a presença de membros do Executivo, oficiais-generais e superiores dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército, Marinha e Força Aérea). Os efectivos, soldados da unidade militar de tropas especiais, Exército, Marinha, Força Aérea e Polícias da UAT, marcharam com firmeza e escutaram os aplausos dos presentes no acto de recepção às tropas angolanas regressadas da Guiné-Bissau. A entrega do estandarte da Missang ao ministro da Defesa Nacional encerrou definitivamente a missão.
Durante o seu discurso, o governante destacou o nível de empenho e elevado profissionalismo de todos aqueles que trabalharam na Guiné-Bissau e salientou que “prestigiaram e dignificaram as instituições de proveniência: as FAA e a Polícia Nacional”. Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem garantiu que, “por esse motivo, continuaremos a seguir os princípios e os caminhos da paz e segurança universal, continental e regional. Sendo por isso um parceiro justo e disposto a partilhar interesses comuns e a cooperar para a construção de um mundo cada vez melhor”.
Os efectivos que mais se destacaram receberam certificados de participação e mérito, e escutaram, atentamente, uma mensagem de felicitações do Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas.
“As FAA e a Polícia Nacional acabaram de cumprir mais uma honrosa missão que se inscreve nos anais da gloriosa História dos combatentes que lutaram pela libertação nacional, defesa da pátria e integridade territorial”, salientou José Eduardo dos Santos na sua mensagem. Tendo em conta o sentido do dever, disciplina e determinação com que cumpriram a missão para a qual foram incumbidos, “louvo os oficiais-generais, superiores, sargentos e soldados que integraram o efectivo da Missang, na Guiné-Bissau”. O chefe de gabinete técnico da Polícia Nacional, sub-comissário Manuel Gonçalves, referiu que os seus efectivos souberam corresponder às expectativas e cumpriram a missão com a maior dignidade e responsabilidade. “A missão foi interrompida pelo Executivo angolano, na sequência da crise interna político-militar registada naquele país e que culminou na deposição do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Gomes Júnior. Mas nós cumprimos a nossa missão”, acrescentou.
O  inspector chefe, oficial de o­perações Hermenegildo Henrique, também mostrou a sua satisfação por ter cumprido cabalmente mais uma missão e garantiu: “Sempre que formos notificados para outra tarefa estaremos prontos para a cumprir.

GUINÉ-BISSAU


GUINÉ-BISSAU/ANGOLA - 
Artigo publicado em 21 de Junho de 2012 - Atualizado em 21 de Junho de 2012

Angola reitera falta de legitimidade das autoridades da Guiné-Bissau

Georges Chikoti, Ministro das Relações Exteriores de Angola
Georges Chikoti, Ministro das Relações Exteriores de Angola
Cristiana Soares/RFI

RFI
O chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, no final da sua visita a Itália, reiterou a rejeição da União Africana, da CPLP e do seu país relativamente às autoridades de transição da Guiné-Bissau. Uma posição que ocorre quando um dirigente guineense apelara à retoma da cooperação com Angola.

O secretário de Estado guineense da segurança e ordem pública, Basílio Sanca, criara alguma surpresa na quarta-feira quando apelara em São Domingos, no norte do país, à retoma da cooperação com Angola.
E isto escassas semanas após a partida da Guiné-Bissau das tropas angolanas da MISSANG.
A presença das tropas angolanas em território guineense fora evocada pelos golpistas como a principal causa do levantamento militar de 12 de Abril que derrubou o governo e o presidente interino do país.
Georges Chikotiministro angolano das relações exteriores, confirmou nesta quarta-feira em Roma que a cimeira de Julho da CPLP (Comunidade dos países de língua portuguesa) em Maputo deverá pronunciar-se sobre a Guiné-Bissau sobre a qual existe por parte de Angola e de outros países lusófonos uma "rejeição automática" devido à respectiva falta de legitimidade.

   rfiportuguês