quinta-feira, 22 de novembro de 2012

GUNÉ-BISSAU: NETOS DE BANDIM

Netos de Bandim. Foto de Rising Voices no Flickr (CC BY-NC-SA 2.0)

GUINÉ-BISSAU : ODETE SEMEDO UMA MULHER EXEMPLAR

Escritora Odete Semedo da Guiné Bissau abre o maior Evento Científico da UECE
Com a apresentação da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará, regida pelo maestro Alfredo Barros, foi aberta nesta segunda-feira (19/11), a XVII Semana Universitária da UECE. A solenidade foi presidida pelo Reitor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jackson Sampaio, no Auditório Central do Campus do Itaperi, contando com as presenças do senador Inácio Arruda, do secretário de Cultura, Francisco Pinheiro, entre outras autoridades. O evento prossegue até a próxima sexta-feira (23/11).

A professora africana da Guiné Bissau, Maria Odete da Costa Soares Semedo (Doutora em Letras / Literaturas de Língua Portuguesa), fez a conferência de abertura do evento sobre o tema “Na Língua Lusa, na Língua Crioula, como falar de amor”. A XVII Semana tem como tema “Informação e Tecnologia para a Sustentabilidade: os desafios da universidade”. Odete lembrou a luta das mulheres por uma educação de qualidade para todos e para todas e disse que, o que engrandece um país é a educação, mas com muito amor. “O amor tem que estar presente em tudo, tem que ter o seu lugar, tem que ter vez na sociedade”, ressaltou. Citou Paulo Freire, como um grande amigo da Guiné Bissau e leu algumas poesias, sempre ressaltando a importância do amor em todas as atividades da vida.

O Reitor Jackson Sampaio abriu a XVII Semana Universitária enfatizando que “teremos muitos trabalhos nas áreas de Tecnologia, Cultura, Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Lingüística, Letras e Artes. Este é maior evento científico que a UECE promove anualmente, desde 1996, afirmou Jackson Sampaio. Desejou boas vindas aos professores, estudantes, pesquisadores e muito sucesso nas suas apresentações de trabalhos científicos.

O Secretário de Cultura do Estado do Ceará, professor Francisco Pinheiro, enfatizou que a UECE avança nos cursos de graduação e pós-graduação, a cada dia. Já o senador Inácio Arruda disse que a UECE realiza uma Semana que “é muito importante o entrelaçamento da nossa bancada com a universidade e com os irmãos africanos que vêm estudar neste Estado”. Destacou também a importância do evento e da UECE para a formação profissional de milhares de jovens e adultos.

A solenidade contou com a presença do Vice-Reitor, Prof. Hidelbrando Soares, coordenador geral do evento, dos Pró-Reitores, Diretores de Centros e Faculdades, da Chefe de Gabinete, Coordenadores de Cursos, Professores da UECE, Professores visitantes de outras IES do país,  estudantes, servidores e convidados.

A Mesa Redonda com o Tema Central da Semana acontece no dia 21 de novembro, quarta-feira, às 19h, com a participação dos relatores Jacques Demajorovic (Fundação Educacional Inaciana/SP); Jannete Brunstein (Mackenzie) e Gemmele Oliveira Santos (IFCE).

A programação conta com 16 eventos: XXI Encontro de Iniciação Científica, XVIII Encontro de Pesquisadores, III Encontro Estágio de Docência, XIV Encontro de Monitoria Acadêmica, III Encontro de Iniciação a Docência, XI Encontro de Grupos PET, XIV Encontro de Iniciação Artística, XIV Encontro do Programa de Educação Tutorial – PET/MEC, III Encontro do Programa de Educação pelo Trabalho – PET/SAÚDE, XIX Semana da Música, IV Prêmio UECE de Música, XI Encontro de Comitês de Ética, I Concurso de Monografias de Especialização da UECE, II Encontro do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio, III Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, V Mostra de Extensão da UECE e I Semana da Contabilidade.

A conferência de encerramento do encontro acontece na sexta-feira (23/11), a qual será proferida pelo jovem e brilhante Senador da República, Randolfe Rodrigues (PSOL – Amapá), sobre o tema “Ética na Política”. Em seguida, haverá entrega da premiação dos melhores trabalhos apresentados pelos professores e alunos, que serão agraciados com menção honrosa. Os primeiros, os segundos e os terceiros colocados receberão ainda, como prêmio, livros.

GUINÉ-BISSAU : ANTÓNIO INJAI NÃO PASSA DE UM "GENERAL CAGUINHA." vejam a história...


Indlai i Cobardi

Afinal o homem é mesmo um cobardolas.
Convocou os régulos felupes para uma reunião ontem, em Suzana, e à ultima da hora cortou-se de lá ir e mandou um militar papel, Capacete de Ferro, pedir desculpa pelas acusações e matanças que fez contra os felupes na inventona de Outubro. Aproveitou para zurzir no Cadogo.
Disse aos colegas militares: “ês fidjus da puta di felupi misti matan, má ami qui na matális tudo trokê kaba
Por isso o graduado que lá foi, escoltado por vários camiões com soldados armados até aos dentes, desmultiplicou-se em desculpas dizendo que eles reconheciam que não tinham sido os felupes nem os rebeldes da Casamança os culpados e que pedia muitas desculpas
Os régulos ouviram atentamente e não se impressionaram com as “lágrimas de crocodilo”, respondendo de forma violenta e sem meias palavras.
Dirigindo-se directamente aos militares disseram-lhes: “vocês se não matam de dia é porque matam à tarde; se não matam hoje é porque matam amanhã; se não matam esta semana é porque matam na próxima; se não é neste mês será no próximo. VOCÊS SÓ SABEM MATAR!”. “Bô ta mata na cabalindadi!”
“Fiquem sabendo que nós nunca votaremos em vocês, porque não votamos em quem tem armas”. “Nós votamos em civis”.
Apavorados, derem meia volta e regressaram à base, certos de que agora sabem de viva voz qual o “djon gago” em que estão metidos.Pasmalu

GUINÉ-BISSAU: LUTA SEM TRÉGUA CONTRA OS BALANTAS DE KUMBA IALA

"ISOLA-LOS(BALANTAS)  E DEPOIS EDUCA-LOS(BALANTAS) QUE É PARA ELES PASSAREM A PORTAR COMO DEVE SER."

 As imagens que estamos a ver,mostram efeitos praticos que o isolamento produz num ser humano.  

GUINÉ-BISSAU: "EXCLUIR SELVAGENS E ESTÚPIDOS" CHEGA DE ATURA-LOS !!!...!!!

NOTA:

OS BALANTAS DE KUMBA IALA ,ESTAVAM PRESENTES NESSE EVENTO???
ACHO QUE NÃO.E NEM DEVIAM ESTAR PORQUE NINGUÉM OS QUER LÁ ENQUANTO PENSAM QUE ELES É QUE SÃO DONOS DA TERRA,ELES É QUE LUTARAM,ELES É QUE SÃO MAIS FORTES.
A REGRA DO JOGO É MUITO SIMPLES : NINGUÉM É OBRIGADO A CONVIVER COM NINGUÉM E PONTO FINAL. Tcharles Panaque



Djumbai de Cidadania de Lisboa


"Como os jovens guineenses na diáspora podem mobilizar-se em favor da Guiné-Bissau?"

Realizou-se em Lisboa, no passado dia 17 de Novembro, o primeiro Djumbai da Cidadania organizado pelo MAC em Portugal, a convite da Associação de Estudantes Guineenses em Lisboa e com a participação da “Musqueba - Movimento de Mulheres”. Cerca de três dezenas de guineenses e lusoguineenses, entre os quais ex-dirigentes estudantis, reuniram-se durante seis (6) horas na Faculdade de Direito de Lisboa para uma reflexão conjunta sobre a situação política e o estado atual da Nação Guineense. A instabilidade política, fruto dos sucessivos golpes de estado, estiveram no centro da discussão.

A sessão teve início com os participantes a manifestarem cada um sonho para com a Guiné-Bissau, dos quais destacam-se: paz, diálogo, sossego, educação, saúde, desenvolvimento sustentável, felicidade, harmonia, harmonia …

Este exercício serviu para que o grupo refletisse no que é necessário fazer, ou mais concretamente, no que a comunidade guineense na diáspora poderá fazer para que esses sonhos sejam alcançados, para que isso deixe de ser uma utopia e passem a fazer parte de um Estado verdadeiramente de direito e democrático em que se viva em harmonia.  

Marcado pela reflexão acerca do estado da democracia e da complexidade da situação política na Guiné-Bissau, o djumbai evoluiu no sentido de perceber os seguintes elementos:

De que forma a comunidade guineense em Lisboa tiveram conhecimento do Golpe de 12 de Abril? E quais foram os pedidos que receberam (se receberam), dos familiares e/ou amigos que residem na Guiné?

Verificou-se que a maioria dos participantes recebeu a notícia do Golpe de Estado de 12 de Abril através dos meios de comunicação social (RDP-África e RTP-África), ou por via dos familiares e amigos (residentes na Guiné-Bissau ou não) que os contactaram via telefone, mas a esmagadora maioria afirmou ter acesso à informação por via do Blog “Ditadura do Consenso”. Quanto aos pedidos feitos pelos familiares, existem aqueles que pediram medicamentos; informação sobre o que se estava a passar no país (nessas alturas muitos são os que ficam sem acesso à informação e quem está fora do país, por vezes, sabe mais do que se passa do que a população residente), pediram também documentos e dinheiro/bilhetes de passagens para saírem do país.

Ainda com base no mesmo tema, os participantes, organizados em dois grupos de trabalho, partilharam as suas perceções e sentimentos sobre:

Como viveram o Golpe de 12 de Abril?
O Golpe de 12 de Abril foi vivido em lisboa, segundo os participantes, com sentimentos de revolta, medo, angustia, tristeza/depressão e vergonha.

Quais as causas da contínua instabilidade política e sucessivos Golpes de Estado na Guiné-Bissau?
Foram evidenciadas: o narcotráfico, inversão dos valores, ambição desmedida, cultura de “matchundadi” e fragilidade das Instituições do Estado. Sendo este ultimo, fator impulsionador desta condição de fragilidade em que o país de encontra.

O que se pode fazer para evitar os Golpes?
Com esta reflexão concluiu-se que os golpes de Estado podem ser evitados através de: - Justiça social; - Respeito pelos Direitos Humanos; - Educação; - Reformas nas FARP, no sistema político (CNE, ANP e lei dos partidos).

O que a comunidade guineense na diáspora pode fazer para evitar um novo golpe de Estado na Guiné-Bissau?

Os grupos de trabalho concluíram que é urgente:

- “Nô boca ten ku sta la”!: implicação, participação, compromisso e responsabilização com maior efetividade na resolução dos problemas do país, pois esteja onde estiverem, se o país não está bem, a sua diáspora também não está!;
- Produzir e disseminar informações mobilizadoras sobre a Guiné-Bissau em prol da união e das mudanças desejáveis no país;

- Intervenção organizada e coordenada das associações na diáspora, baseadas em dinâmicas interventivas e de consciencialização quer no contexto de origem (Guiné-Bissau) como no de chegada (Portugal);
- Fazer-se incluir a diáspora no processo de recenseamento biométrico de modo  poder participar nas próximas eleições.


Neste djumbai, foi abordado também a pouca participação feminina na sociedade e nas questões políticas. Foram identificados alguns factores de impedimento de uma maior participação feminina tais como:

As questões culturais e religiosas, a ocupação doméstica (altos níveis de sobrecarga desde a infância face a quase que ausência de exigências relativamente aos homens no que diz respeito à participação na vida doméstica), a falta de oportunidades às mulheres e favorecimento dos homens, numa sociedade machista/patriarcal e que reproduz modelos (educação) de valores e atitudes machistas.

Salientou-se assim, a necessidade de haver mais informação e sensibilização para as questões do género e envolvimento dos homens. Devendo o Estado apostar em Políticas de Açãões Afirmativas em setores cruciais como a Educação, Saúde, Providência Social e no Mercado de Trabalho, defendendo-se a necessidade de uma discriminação positiva das mulheres, sendo a introdução das quotas, como um dos exemplos.

As jovens raparigas presentes demonstraram claramente o engajamento na luta para a reconhecimento e afirmação social da mulher guineense tanto no contexto de origem (a Guiné-Bissau) como na diáspora. Nessa base, exortaram que deverão ser, principalmente as mulheres a lutarem pelo reconhecimento dos seus direitos.
Com este Djumbai, os jovens guineenses na diáspora, em especial os estudantes, perceberam que é necessário “Resgatar e refazer a história da Guiné-Bissau”.
FONTE:Ditadura do Consenso