quarta-feira, 9 de abril de 2014

G.BISSAU


"A Guiné Bissau precisa de instituições estáveis legitimadas pelo voto para regressar à normalidade constitucional."

Z.Induta

LEI DA VIDA

"AMIGO,SEM RESPEITO NO NOSSO MEIO,NÃO VAMOS PODER VIVER JUNTOS."
Cabeça dentro da boca do urso Doug Seus aos 71 anos  é um dos treinadores de ursos mais conhecidos de Hollywood. Fez um vídeo onde brinca com um urso-pardo com mais de dois metros. Nas imagens pode ver-se a confiança que Doug tem no animal que até põe a cabeça dentro da boca do urso, sabendo que uma única mordidela pode ser fatal. Fotos Splash/All Over

Doug vive com a sua mulher, Lynne, no Utah, onde passa longas horas a conhecer e a treinar os ursos. “Gastamos horas com eles. Não ensinamos truques mas chegamos-lhes ao coração, à alma”, diz o treinador.

O casal tem três ursos treinados. O Bart Two, o Henoybump e o protagonista do vídeo, Tank, que já foi visto pelo mundo na série Guerra dos Tronos. Os ursos da família de Doug Seus já contracenaram com actores como Brad Pitt e Morgan Freeman.

"QUANDO AS REGRAS DO JOGO NÃO SÃO RESPEITADAS,OS RESULTADOS SÃO SEMPRE DESASTROSOS."

Cabeça dentro da boca do urso

MUNDO

Custos que o Presidente Obama está prestes a pagar na Ucrânia

 
Ontem, os Estados Unidos perderam a guerra da propaganda na Ucrânia. O Presidente Obama fez uma declaração relutante e sem sentido que oWashington Post intitulou "Haverá Custos".
Ele pronunciou frases padrão como "o povo ucraniano merece a oportunidade de determinar seu próprio futuro", propôs que a Rússia faça "parte do esforço da comunidade internacional para apoiar a estabilidade" e o sucesso de uma Ucrânia unida, lamentou sobre a suposta "violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia", e assegurou que "os Estados Unidos apoiam os esforços do novo governo e defendem a soberania, integridade territorial e o futuro democrático da Ucrânia".
 
Parece que a administração dos Estados Unidos não estava mentalmente preparada para o desenvolvimento da crise ucraniana. As ações sincronizadas das novas autoridades da Criméia e a conferência de imprensa do Presidente expulso Victor Yanukovych em Rostov do Don deram inegável vantagem judicial para o lado oposto na Ucrânia, que não está disposto a reconhecer o governo"ilegítimo" eleito pela euro-máfia desordeira em Kiev há três dias. Os Estados Unidos não têm ferramentas tangíveis para desestabilizar a Crimeia, controlada de fato pelas forças de resistência anti-rebeldes ucranianas, enquanto o estatuto judicial de Victor Yanukovych (seja lá o que pensemos dele como pessoa e figura política) é incontestável.
Desde o início da crise na Ucrânia, ficou claro que o objetivo dos EUA não era impor um governo pró-americano em Kiev, mas fazer da Ucrânia um ponto de atrito para as relações Russo-Europeias. Os acontecimentos sangrentos na Praça da Independência foram organizados para atrair a Rússia ao turbilhão do caos na Ucrânia. Os estrategistas de Washington pensaram que Moscou seria imprudentemente envolvida nos jogos sujos com a Polónia, a Hungria e a Romênia sobre a "federalização da Ucrânia" e as batalhas de rua contra os fascistas em Kiev.
 
No sábado, o Kremlin inesperadamente quebrou sua hábil pausa política após a tentativa na noite anterior do assalto ao Ministério do Interior da Crimeia, em Simferopol, por unidades especiais não identificadas, enviadas de Kiev. Até aquele momento, a «inércia» russa foi muito mais poderosa do que milhares de ações nervosas em Kiev e declarações de Washington. A jogada russa vai ser ainda mais impressionante.
Entre todas as "partes interessadas" na crise ucraniana, a Rússia é o único poder global que tem demonstrado sua capacidade de agir no âmbito do direito internacional e de tomar decisões responsáveis e soberanas.
Ironicamente, a Criméia de hoje é provavelmente a única região onde a constituição da Ucrânia é ainda estritamente implementada. O referendo sobre a questão da ampla autonomia, a ser realizado em 30 de março de 2014, foi iniciado em plena conformidade com a legislação nacional. A presença militar russa na Criméia também é regulada pelo acordo russo-ucraniano de 1997 sobre a Base da Marinha russa em Sebastopol. O novo governo da Criméia, ao contrário do governo central em Kiev, foi nomeado pelo corpo legislativo local como resultado de um procedimento legal devidamente realizado.
Então, a mensagem de Moscou para o Presidente Obama é simples. Somos os fiadores reais da soberania ucraniana. Protegemos a vida do seu Presidente em exercício, eleito pelo povo da Ucrânia em votação livre e competitiva em 2010, diante da ameaça pessoal direta de "novas autoridades". ilegítimas Nos últimos três meses, ao contrário de você, não estávamos interferindo no processo político interno na Ucrânia, enquanto o seu Secretário de Estado Adjunto estava entregando pães para os "manifestantes pacíficos" em Kiev e falando obscenidades de seus parceiros de diálogo europeus. Seguimos a letra e o espírito do direito internacional, gostemos ou não. E hoje, estamos dando esperança para milhões de ucranianos russos que rejeitam categoricamente as autoridades banderistas em Kiev [o termo 'bandeirista' refere-se a Stepan Bandera, líder histórico dos fascistas ucranianos]. Estamos defendendo seu direito de determinar seu futuro. Portanto, você terá que explicar os bilhões de dólares investidos durante anos no projeto quimera da Revolução Laranja na Ucrânia, que na sua segunda encarnação virou Marron. Você será cobrado por meses de incitamento explícito a motins e desobediência civil a autoridades legítimas da Ucrânia, cometidos por seus funcionários e congressistas. E você será responsável pelo reconhecimento do 'gabinete' duvidoso de Kiev, não apenas sem qualquer apoio público na Ucrânia, mas também qualquer recurso real para garantir o nível mínimo de vida e estado de direito nesta nação de 45 milhões de pessoas, perdidas em uma "transição" não existente, inventada por seus falidos consultores de política externa. Estes são os custos que você está prestes a pagar na Ucrânia, Presidente Obama.

Pravda


Tradução
Marisa Choguill

MUNDO


O mundo pós-Crimeia

 
O mundo pós-Crimeia. 20115.jpeg


O G-8, que agora volta a ser G-7, "expulsou" na semana passada, a Rússia, depois de suspender a reunião que haveria em Sochi. A reação do chanceler Serguei Lavrov foi a de declarar que, como grupo informal, o G-8 não pode expulsar ninguém, além de lembrar que, para Moscou, comparecer ou não a essas reuniões não muda absolutamente nada.

Pertencer ou não ao G-8 é uma questão irrelevante para os russos, que se sentem muito mais à vontade com os BRICS- justamente o grupo que fomentou a criação do G-20, em contraposição ao clubinho que tradicionalmente reunia as maiores - e agora não tão poderosas - economias do Ocidente.
Tanto isso é verdade que os BRICS, reunidos a margem da Cúpula de Desarmamento Nuclear, em Haia, declararam apoio à Rússia, com relação às sanções unilaterais impostas - sem aprovação da ONU - pelos países ocidentais.

Além disso, o Grupo também deixou claro, no comunicado conjunto emitido ao final da reunião, que não aceitará a suspensão - anunciada pela Ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop - da participação russa na próxima Conferência do G-20, que será realizada no mês de novembro, em Brisbane.
 

Os BRICS controlam um quarto dos votos do G-20, no qual costumam votar juntos, assim como no Conselho de Segurança da ONU.
Com a "expulsão" da Rússia do G-8, o que muda no mundo pós-anexação da Crimeia?
Longe de isolar Moscou, os EUA e a UE estão conseguindo apenas reforçar os laços que a unem ao resto do mundo, começando por Pequim, Nova Delhi, Brasília e e Johannesburgo.

No dia 18 de março, Dimitri Peskov, o porta-voz do Kremlin, já anunciou o que vem por aí, ao afirmar que, se a UE e os Estados Unidos insistirem nas sanções, a Rússia irá cortar as importações de produtos europeus e norte-americanos.
 

Com 177 bilhões de dólares em superávit no ano passado, e quase 600 bilhões de dólares em reservas internacionais, a Rússia é um dos maiores importadores de alimentos dos EUA e passaria a comprar os grãos, a carne e o frango de que necessita do Brasil.

Com relação à questão geopolítica, a reação do Ocidente à ocupação, pelos russos, de um território que historicamente lhes pertenceu até a década de 1950, e que só deixou de estar associado à URSS há coisa de 30 anos, alertou e está aproximando Pequim, Moscou e Nova Delhi.

Os três tem interesse em estabelecer uma zona de estabilidade no espaço euroasiático - Rússia e China já fazem parte do Acordo de Xangai - e em manter os países que estão em suas fronteiras longe da interferência ocidental.

A Alemanha - que conhece melhor os russos que os norte-americanos - já entendeu isso.
Der Spiegel divulgou, na semana passada, que a Rússia e a China "se preparam para assinar um acordo de cooperação político-militar" que poderia estabelecer uma plataforma de defesa necessária à geração de um "novo reequilíbrio de forças no âmbito mundial".

Os chineses se abstiveram oficialmente na votação a propósito da Resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o referendum da Crimeia. Mas o jornal do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, o Renmin Ribao - Diário do Povo, não deixou dúvidas sobre qual é a posição de Pequim, ao afirmar, em editorial, que: "o espírito da Guerra Fria está se debruçando sobre a Ucrânia", o que transforma "a aproximação estratégica entre a China e a Rússia em um fator-âncora para a estabilidade global" - e que "a Rússia, conduzida por Vladimir Putin, deixou claro para o Ocidente, que em uma Guerra Fria, não há vencedores".  

O que pode mudar nesse novo mundo pós- anexação da Crimeia, para o Brasil?

Segundo maior exportador de commodities agrícolas e o primeiro em carnes, o Brasil tem que aproveitar o momento para se posicionar como um sócio estratégico para o abastecimento dos russos, nesse quesito, mostrando também a chineses e indianos, grandes clientes do agronegócio brasileiro, que é um fornecedor confiável, que pode substituir os Estados Unidos no atendimento ao BRICS, enquanto estes não puderem alimentar seus cidadãos com produção própria.

Fora isso, é preciso também aproveitar a era pós-Criméia para renegociar as parcerias, do ponto de vista tecnológico e comercial, com relação a esse Grupo, que domina mais de 40% da população e da extensão territorial e um quarto do PIB mundial.

Ao contrário do que ocorre com a UE e os EUA, fortemente protecionistas e intervencionistas, que sobretaxam as importações e gastam, em áreas como a agricultura e a defesa, centenas de bilhões de dólares em subsídios, o Brasil tem conseguido aumentar seu superávit com os outros BRICS nos últimos anos, mesmo que ainda não tenha se inserido na cadeia de produção e consumo de bens de maior valor agregado desses grandes mercados.

Parte disso decorre, também, da falta de estratégia e de sobrados preconceitos de parte ponderável de nosso empresariado.
Quantos shoppings centers brasileiros existem na China? E em Moscou ou São Petersburgo? E em regiões de altíssimo poder aquisitivo dessas cidades? Quais são as marcas brasileiras de excelência, nos ramos têxtil, de calçados, de perfumaria, que os chineses e os russos conhecem? Que restaurantes, que franquias?

Pródigo em emprestar bilhões de dólares a multinacionais que operam aqui dentro, o BNDES precisa reunir a APEX e o pessoal da área de varejo de luxo, para estabelecer uma estratégia de inserção do Brasil nos BRICS - e de resto na África e na América Latina - que vá além da realização de feiras e do café, do açúcar, do couro, do minério de ferro, da soja e do suco de laranja.

Precisamos - e o momento é propício para isso - começar a incentivar e dar decidido apoio à internacionalização de empresas brasileiras, para que comecemos a receber algum dinheiro do exterior - ou em breve nos converteremos apenas em uma reserva de mercado para investidores estrangeiros, que sugaram do país, no ano passado, em remessas de lucro, quase 30 bilhões de dólares em reservas internacionais.

O fortalecimento da Rússia, da China e da Índia interessa ao Brasil, não apenas do ponto de vista econômico, mas, principalmente, do geopolítico.

Essas são as únicas nações que podem impedir, em um futuro próximo, a consolidação do projeto anglo-saxão de domínio que promoveu um verdadeiro assalto ao resto do mundo, nos últimos 200 anos.

Os BRICS - incluindo o Brasil - não podem derrotar os Estados Unidos e a União Europeia.

Mas os EUA e a UE também não podem derrotar os BRICS. E para o futuro do mundo, é isso o que importa

MUNDO

Aumentam agudamente as tensões no leste da Ucrânia



É difícil ter um quadro claro do que se passa no leste da Ucrânia, mas, vendo várias fontes, parece-me que houve grandes protestos nas cidades de Lugansk, Carcóvia e Donetsk. Há vídeos de grandes multidões, também com muitas mulheres, reunidas no centro das cidades. Em Donetsk e Lugansk, os manifestantes tomaram prédios do governo, inclusive o quartel local das forças de segurança da Ucrânia (SBU).

Em Donetsk, os manifestantes reuniram-se no que parece ser uma assembleia popular e declararam criada uma "República Popular de Donetsk",[1] e anunciaram que planejam realizar um referendo sobre o futuro da região no próximo dia 11 de abril.

Mas o mais claro sinal de que as coisas estão ficando muito sérias é que toda a elite governante do governo de Kiev - inclusive Yulia Timoshenko - transferiram-se para o leste da Ucrânia, numa tentativa de controlar a situação
.

Minha sensação é que as multidões no leste parecem furiosas e muito decididas, e pode ser muito difícil tirá-las das ruas, pelo menos sem um banho de sangue (o que levaria a imediato ressurgimento dos "Homens polidos vestidos de verde e armados"). A grande fraqueza dos falantes de russo no leste da Ucrânia é que seus líderes ou já estão presos nos calabouços da SBU ou são mornos e fracos. Ninguém parece estar realmente controlando coisa alguma.

Russia Today está noticiando[2] que nacionalistas ucranianos em Kiev invadiram a Suprema Corte. Antes, haviam tentado invadir o Parlamento Ucraniano (mas a imprensa-empresa ocidental "não percebeu-noticiou").

É muito mais provável que se gerem guerras civis, quando há vácuo de poder, que contra regime forte; é exatamente o que se vê hoje na Ucrânia

Apesar de todas as desesperadas tentativas pelas elites ocidentais e pela imprensa-empresa, para 'noticiar' que há governo em Kiev, a realidade é, claramente, que não há nenhuma autoridade no poder em lugar algum na Ucrânia. Nem no oeste, nem no centro nem no leste do país. O que há é só completo caos e muitos diferentes grupos e facções tentando assumir o controle.

Mais uma vez, está claro para mim que, a menos que EUA e Rússia firmem alguma espécie de acordo, a desgraçada Ucrânia está andando diretamente para uma guerra civil.

Não estou dizendo que goste da ideia de EUA e Rússia, não o povo ucraniano, decidirem o futuro da Ucrânia. O que estou dizendo é que simplesmente não há condições para que o povo ucraniano manifeste seu desejo. Além do mais, sendo a Ucrânia estado completamente artificial, não há meio pelo qual as esperanças e desejos do oeste e do leste da Ucrânia possam ser reconciliadas.

Daí decorre um fato simples: quanto mais descentralizada for uma Ucrânia unitária, mais chances terá de sobreviver. Em outras palavras, quando os Banderistas e o ocidente insistem em uma única Ucrânia unitária centralizada, ELES estão, de fato, contribuindo para esfacelar o país.

Nessas condições, por que a Rússia interviria? O que tem de fazer é esperar pelo colapso final e, então, recolher os pedaços que considere dignos de interesse.

Permaneçam sintonizados. As próximas poucas semanas serão cruciais.


Pravda