quinta-feira, 9 de agosto de 2012

INTERCÂMBIO CULTURAL


Intercâmbio: africanos enriquecem cultura do Tocantins; saiba mais
 
Imagem de um dos encontros organizados pelos africanos em Palmas
Troca de experiências e novos conhecimentos. Isso resume um pouco a vinda de africanos ao Tocantins. O estudante Cipriano Luis Pereira, que veio de Guiné-Bissau, e está no Estado desde 2009 estudando o curso de Engenharia de Alimentos na Universidade Federal do Tocantins (UFT), disse que a experiência de morar em Palmas tem sido positiva e de fácil adaptação. Atualmente, na capital, moram africanos de cinco países diferentes, totalizando 27 pessoas.
“Adaptei-me com facilidade no Tocantins. O que mais sinto é a saudade família que está no meu país, mas vim com o propósito de estudar e adquirir novos conhecimentos/experiência, além de contribuir com o desenvolvimento do Tocantins por meio das nossas culturas, comidas típicas, esportes, palestras, seminários e até mesmo conversas entre amigos (diferenças de línguas). As gírias brasileiras são bem diferentes das africanas. Queremos mostrar a nossa cultura como de fato é, e não como a mídia, muitas vezes, mostra”, conta Cipriano.
Questionado sobre os problemas sociais da África, apresentados pela mídia (imprensa), com um continente movido pela fome, miséria, desnutrição, Cipriano afirma que nem tudo é real e que é necessário conhecer, de fato, a atual situação de muitos países daquele continente. “Dificuldades existe como em qualquer outro lugar do mundo. Em termos de ensino é universal a falta de incentivo do governo”, conta.
Sobre a mudança “radical” em sua vida, Cipriano conta que atualmente gosta da cidade. “Gosto de Palmas/Tocantins, ainda é uma cidade bem tranquila, mas o desenvolvimento da cidade tem sido crescente e consequentemente aumentará a violência. Aqui temos muitos amigos, o pessoal nos acolheu muito bem. Com essa experiência aprendi a respeitar as pessoas e a admirá-las”, frisa.
O estudante Aires Paulo Pedro Panda, é da Angola e está no Tocantins desde 2009 e cursa Administração na UFT; ele conta que encontrou no Brasil um povo acolhedor, que vive o momento, mas que conheceu também brasileiros preconceituosos. “A experiência tem valido a pena, passamos por muitas dificuldades, inclusive para locar uma casa. Mas estamos sabendo lidar com essas situações. Tudo é um grande aprendizado”, argumenta Aires.

o girassol