segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

G.BISSAU

              OUTRA VEZ  ?? ?!!!

Mais um Golpe anulado à tangente!

Há poucos dias esteve iminente uma sublevação militar, qua acabou por ser abortada no último minuto. Tratou-se da resposta dos militares que se sentiram injustiçados e não foram contemplados com as promoções com que Indjai premiou os seus apaniguados e fiéis servidores.
A coisa esteve quase a rebentar, mas promete ter seguimento, segundo os lideres do movimento reivindicativo, que não querem nem ouvir falar do actual CEMGFA, António Indjai.
Dizem eles “i ka na tarda”, não se sabendo se se referem ao Indjai ou à revoltaPASMALU

domingo, 27 de janeiro de 2013

G.BISSAU

CEMGFA DO SENEGAL EM BISSAU


O novo Chefe do Estado Maior das Forças armadas do Senegal está de visita esta segunda feira, 28 de Janeiro, a Bissau, ocasião para passar revista à tropa senegalesa que participa na força de alerta da CEDEAO na Guiné Bissau.

Com efeito, o general senegalês, Mamadu Sow, chefe do estado maior general das Forças armadas do Senegal, inicia esta segunda feira, 28 de Janeiro, uma visita de dois dias à Guiné Bissau, a convite do seu homólogo guineense, general António Indjai.

Esta força de mais de 600 homens foi constituída pelos países membros da CEDEAO, por ocasião do golpe de estado de abril do ano passado na Guiné Bissau.

O Senegal disponibilizou cerca de 200 homens para esta força, designadamente médicos militares que estão a dar consultas no hospital militar de Bissau.RFI

                    Auschwitz(POLÓNIA)

Mais de 1,1 milhões de pessoas foram mortas neste campo da morte criado especialmente para aniquilar representantes de "raças inferiores" e oponentes políticos dos nazistas. Entre as vítimas há cerca de 900 000 judeus, perto de 140 000 polacos e aproximadamente 23 000 ciganos. Desde 1947 na área do antigo campo de concentração, funciona o museu, realizando investigações que, contudo, não conseguem apurar o número exato de vítimas.
A maior parte de cativos morria por asfixia em câmaras de gás logo depois da chegada. Ninguém se dava ao trabalho de calcular o seu número. Sabe-se que, no meio dos infelizes, havia pessoas idosas, doentes e por volta de 23000 crianças. Segundo depoimentos de sobreviventes, todos os dias nos crematórios eram queimadas cerca de 8000 pessoas. Os comboios com prisioneiros chegavam procedentes de mais de 30 países.
Os demais eram enviados para os trabalhos forçados, mas poucos conseguiram sobreviver. Os soldados soviéticos descobriram no campo apenas 7000 pessoas vivas, revelou Ivan Martinushkin que participou da operação de libertação do campo.
"Vi as pessoas enegrecidas cobertas com panos ou em uniformes prisionais. Era difícil distinguir os rostos e apenas os olhos emitiam sinais de vida e alegria por causa da vitória e tão almejada liberdade".
A maioria dos prisioneiros morreu por causa de espancamentos e doenças diversas. A alimentação era precária – aos cativos era servida uma ração diária equivalente a 300 gramas de pão e um litro da sopa aguada. Aos poucos eles se convertiam em "muçulmanos", o que em gíria local denominava as pessoas exaustas e esfomeadas ao extremo, em estado de "pele e osso".
No campo de Auscwitz eram igualmente realizadas experiências médicas: para testar novos remédios produzidos por empresas farmacêuticas alemãs, os presos eram contaminados pelos vírus de paludismo e hepatite, os homens eram castrados e as mulheres esterilizadas. Os carrascos nazistas nem se envergonhavam, nem sentiam piedade em relação às vítimas. O famigerado doutor Josef Mengele, batizado de Anjo da Morte, cometia atrocidades inéditas, fazendo anatomia de bebês ainda vivos.
Os organizadores da exposição queriam que os visitantes tivessem ideia de horrores e provações experimentados outrora por prisioneiros inocentes, salientou a diretora do Centro Republicano de Museus, Olga Sokolova.
"Seria bom que os nossos contemporâneos conhecessem os hediondos crimes perpetrados naquela altura e sentissem uma profunda aversão em relação aos massacres praticados em Auschwitz. No entanto, uma parte da exibição, muito mais otimista, foi dedicada à operação militar de libertação".
No museu Auschwitz-Birkenau estão ser apresentadas exposições de oito países – Polônia, Holanda, Eslováquia, República Checa, Áustria, Hungria, França e Bélgica. Um segmento foi dedicado ao povo cigano. Nos últimos cinco anos, a área russa esteve fechada sob um alegado pretexto de modernização, mas na verdade por causa de divergências políticas.
A abertura da nova exposição incute esperança de que as controvérsias sejam ultrapassadas e possamos concentrar-nos no essencial – a necessidade de prestar homenagem às vítimas. Entre estas houve muitos cidadãos soviéticos e cerca de 15000 soldados do Exército Vermelho, acentuou o vice-diretor do Museu da Segunda Grande Guerra, Viktor Skriabin.VR

sábado, 26 de janeiro de 2013

G.BISSAU

BRASIL DEVE E QUASE É OBRIGADO.

 A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia.
Numa abordagem a conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente  demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da comunidade dos países de língua portuguesa.
"Também não podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma.
A presidente fez referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a Guiné Bissau, José Ramos Horta,  pediu ao Brasil maior controle sobre a droga levada da América do Sul para a África.
Tentações coloniais
A presidente do Brasil defendeu a submissão das ações militares no Mali ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis. "O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, a antigas tentações coloniais", disse, sem citar o nome, em referência à atuação da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960.
A presidente disse que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos".
Dilma Rousseff defendeu uma mobilização internacional para que se encontre solução pacífica para o conflito na Síria. "Ficou visível que, através do conflito armado, não se chegará a um acordo", disse. Segundo a presidente, o principal responsável pelo acirramento do conflito é o governo local, mas a oposição armada também contribui. As informações são da Agência Brasil.ÁFRICA 21

G.BISSAU


      CAÇAR OS RESPONSÁVEIS.
"Cerca de 80 por cento das farmácias da Guiné-Bissau vendem medicamentos de origem duvidosa, a maioria vindos de países vizinhos como a Nigéria, a Gâmbia ou a Guiné-Conacri, denunciou um responsável do sector nesta sexta-feira.
Na Guiné-Bissau não existe um laboratório de controlo dos medicamentos que são vendidos ao público, disse o secretário nacional da Associação dos Farmacêuticos da Guiné-Bissau, Ahmed Akdhar.
"O problema maior reside na origem dos remédios. A título de exemplo, no Senegal existem mais de dez depósitos de distribuição oficial de medicamentos e na Guiné-Bissau não há nenhum", revelou Akdhar, citado pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG).
O país adiantou que dispõe de um Depósito Central de Compras de Medicamentos Essenciais (CECOMES) mas o recheio é produto de donativos e não é destinado à venda.
De acordo com Ahmed Akdhar outro dos problemas do setor é a falta de formação de pessoal farmacêutico, já que a maioria dos profissionais nem sequer sabe interpretar as receitas médicas
Ainda citado pela ANG, o responsável mostrou-se contra a propagação de postos de venda de medicamentos (sem qualquer controlo e fora das farmácias), um fenómeno que no vizinho Senegal foi extinto "há 30 anos".
Também em declarações à ANG o inspetor-geral de Saúde disse que a instituição tem falta de meios materiais e humanos para combater a venda ambulatória de medicamentos.
Benjamim Lourenço Dias disse que, como farmacêutico de profissão, tem consciência de que os medicamentos vendidos nas farmácias do país se encontram em mau estado de conservação, devido nomeadamente à falta da luz elétrica.C.M

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

G.BISSAU

SERIFO NHAMADJO SÓ LIDA COM ESTES GRUPOS:
Abu Nidal (أبو نضال)
ABU SAYYAFABU ZUBAYDAHABU HAMZA

G.BISSAU

 O GOVERNO TEM DE ASSUMIR AS SUAS RESPONSABILIDADES.

 O Presidente da ONG «Visage des Enfants de la Guinée-Bissau» (VEGB), advertiu Governo de transição no sentido de assumir as suas responsabilidades para com as crianças órfãs, vítimas de naufrágios de pirogas que, nos últimos anos, têm causado muitas vítimas no país.
Seco Luís está na Guiné-Bissau para participar, a 26 de Janeiro, na cerimónia de entrega de materiais didácticos às crianças órfãs que foram vítimas de naufrágio de pirogas em Janeiro de 2009, na travessia entre a região de Biombo e a Ilha de Pexice, norte do país.

Em declarações à PNN, Seco Luís disse estão em causa vidas humanas, tendo salientado que, em todos os países o Estado preocupa-se com os seus cidadãos, interrogando se o Executivo de transição está a acompanhar estas situações.

«Não sei se este Governo entende o que se passa, não sei quem é o responsável por estas situações porque, quando uma pessoa morre nunca mais volta à vida, não é fácil, as pessoas vão continuar a morrer porque moramos entre ilhas», referiu Seco Luís.

O responsável da VEGB informou que a sua organização tem em agenda a entrega de materiais didácticos às crianças vítimas de naufrágio de Canoa, na travessia entre Biombo e a Ilha de Pexice.

«Fizemos a aquisição destes materiais a partir de Dakar. Já convidámos algumas instituições, incluindo a UNICEF», informou.

Trata-se de uma organização humanitária com carácter internacional. O grupo já está a ser confrontado pelos seus parceiros no que diz respeito ao seu reconhecimento pelas autoridades nacionais.

No campo da formação, Seco Luís informou que, neste momento, cerca de uma dezena de pessoas encontram-se a frequentar um curso de formação em Portugal e no Senegal, nos domínios da agricultura e saúde.

Seco Luís sustentou que o domínio da formação encontra-se integrado nos Objetivos do Milénio.

«Apostámos na formação porque queremos que estes homens assumam os seus destinos», referiu Seco Luís, ex-funcionário dos Correios da Guiné-Bissau, que deixou o país nos últimos anos rumo a França, onde fundou a ONG VEGB.

Sumba Nansil

G.BISSAU

nota:É PRECISO REFORMAR FORÇAS ARMADAS.TPanaque


Bubo reforça segurança


Por estas dias, o ex-CEMA Bubo Na Tchuto é um homem ainda mais precavido: hoje, o acossado almirante é guardado por mais de uma dezena de militares, alguns afectos à Marinha e também elementos da Polícia de Intervenção - os chamados de 'angolanos'. De acordo com uma fonte do DC, o almirante "desconfia da existência de um complot contra a sua pessoa." Entretanto Bubo Na Tchuto, adiantou a mesma fonte ao DC, continua a circular por Bissau. Recorde-se, o almirante passou muito tempo na prisão, tendo sido acusado de tentativa de golpe de Estado, mas nunca foi julgado por falta de provas. Há menos de duas semanas, numa reunião na presidência, Bubo terá manifestado algum desagrado sobre seu caso ao 'presidente de transição', pedindo a sua reintegração na marinha e quiçá a sua promoção a CEMA, cargo que de resto ocupava aquando da 'tentativa de sublevação'. AAS
fonte:Ditadura do consenso

G.BISSAU

NOTA:ESTE GOVERNO NÃO TEM "PERNAS" PARA ANDAR.ESTE GOVERNO NÃO APRESENTOU O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 2013.É URGENTE A FORMAÇÃO DE GOVERNO INCLUSIVO E DE BASE ALARGADA E SEM APLICAÇÃO DA LEI DA MÁFIA.TODOS OS PARTIDOS DEVEM FAZER PARTE DO NOVO GOVERNO. TPanaque

GOVERNO

Decreto-Presidencial número 09/2012
Sob proposta do Primeiro-Ministro de Transição,
Visto o disposto nos artigos 2, n,4 e 5 do Pacto de Transição Política de 16 de Maio de 2012, em conjugação com o artigo 4 do Acordo Politico de 18 de Maio de 2012, o Presidente da República de Transição determina o seguinte:
Artigo 1 – O Governo de Transição tem a seguinte composição:
Governo de Transição da Guiné-Bissau
Governo de Transição da Guiné-Bissau
  • MINISTÉRIOS
a) Dr. Fernando Vaz, Ministro da Presidência do conselho de Ministros da Comunicação Social e dos Assuntos Parlamentares;
b) Dr. Faustino Fudut Imbali, Ministro dos Negocios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades;
c) Piloto-Aviador Celestino de Carvalho, Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria;
d) Eng. António Suka Ntchama, Ministro do Interior;
e) Dr. Vicent Pungura, Ministro da Educação Nacional, Juventude, Cultura e dos Desportos;
f) Dr. Agostinho Cá, Ministro da Saúde Pública e Solidariedade Social;
g) Dr. Mamadú Saido Baldé, Ministro da Justiça;
h) Sr. Daniel Gomes, Ministro dos Recursos Naturais e da Energia;
i) Dr. Abubacar Demba Dahaba, Ministro das Finanças;
j) Dr. José Biai, Ministro da Economia e Integração Regional;
k) Dr. Fernando Gomes, Ministro das Infra-estruturas;
l) Dr. AbubacarBaldé, Ministro do Comércio,da lndústria e Valorização de Produtos Locais;
m) Dr. Malam Mané, Ministro da Agricultura e das Pescas;
n) Dr. Baptista Té, Ministro da Administração do Território e Poder Local;
o) Dr. Carlos Joaquim Vamain, Ministro da Função Pública, do Trabalho e da Reforma do Estado;

  • SECRETARIAS DE ESTADO
p) Eng. Carlos Nhaté, Secretário de Estado dos Transportes, das Comunicações e Novas Tecnologias de Informação;
q) Eng. Quintino Alves, Secretário de Estado da Reforma Administrativa;
r) Dr. Gino Mendes, Secretário de Estado do Tesouro, dos Assuntos Fiscais e das Contas Públicas;
s) Dra. Tomásia Lopes Moreira Manjuba, Secretária de Estado do Orçamento;
t) Sr. Mussa Djata, Secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria;
u) Dr. Salvador Tchongo, Secretário de Estado do Ensino, da Formação Professional e do Emprego;
v) Dr. Óscar Suca Baldé, Secretário de Estado das Pescas e dos Recursos Haliêuticos;
w) Sr. Rogério Dias, Secretário de Estado da Comunicação Social;
x) Dr. Agostinho da Costa, Secretário de Estado do Ambiente e Turismo;
y) Eng. Eurico Abduramane Djaló, Secretário de Estado da Energia;
z) Dr. Ibraima Djaló, Secretário de Estado do Comércio;
aa) Dr. Basílio Mancuro Sanca, Secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública;
bb) Sra.  Helena Paula Barbosa, Secretária de Estado da Juventude, Cultura e dos Desportos.
cc) Sr. Idelfrides Gomes Fernandes, Secretário de Estado das Comunidades Guineenses

Artigo 2 –  Este Decreto-Presidencial entra imediatamente em vigor.
Bissau, 22 de Maio de 2012.
Publique-se.

O Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo

G.BISSAU

MOTOSERRA CHINÊS CONTINUA A DERRUBAR ÁRVORES "INDISCRIMINADAMENTE."
O presidente da Associação de Jovens de Fulacunda, no sul da Guiné-Bissau, denunciou hoje o "abate indiscriminado" de árvores de grande porte nas matas da zona por madeireiros chineses que dizem ter autorização do governo central.

Contactado por telefone pela agência Lusa, Lamine Mané, presidente da Ajaudes (Associação de Jovens, Amigos Unidos para o Desenvolvimento do Setor de Fulacunda), afirmou que "grupos de chineses estão a derrubar árvores" numa mata de cerca de 15 quilómetros quadrados.
"Cortam as árvores de forma indiscriminada, sobretudo o pau de carvão, mas também arrancam as raízes das árvores. É um desastre o que os chineses estão a fazer nesta zona. É um crime", disse, Mané, emocionado e irritado.LUSA



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

MUNDO


A nova economia: adeus à China, saudações à África?

A África ocupará o lugar da China... Os recursos de mão-de-obra no “Império Celeste” estão prestes a serem esgotados. Este é um desafio sério a toda a economia moderna. Alguns analistas reputam que a salvação virá do continente africano que irá tornar-se uma nova fonte de mão-de-obra barata e, futuramente, o centro da produção mundial. Será assim mesmo?

A base do “milagre chinês” foi a fusão de um sistema autoritário rígido com uma reserva enorme da mão-de-obra barata. Mas quaisquer reservas não são infinitas. Jack Goldstone, professor da Universidade de Jorge Maisson, Washington, declarou no Fórum Gaidar-2013, realizado em Moscou, que dentro de alguns anos o crescimento da mão-de-obra chinesa vai ceder lugar à recessão devido ao envelhecimento geral da população. Isto quer dizer que os modelos econômico e social dos últimos trinta anos estarão ameaçados. O professor americano reputa que as áreas de produção asiáticas devem deslocar-se gradualmente para a África.
Tanto os economistas, como os especialistas em estudos orientais estão de acordo de que o recurso básico da China será esgotado em breve. Eis a opinião de Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto do Extremo Oriente junto da Academia de Ciências Russa. 
"Com efeito, a mão-de-obra chinesa torna-se cada vez mais cara e dentro de uns dez anos o seu preço será comparável ao respectivo parâmetro de Taiwan, Hong-kong, Coréia e Japão. O nível salarial irá subir substancialmente todos os anos. O problema está ligado basicamente ao fato de que a partir de 2016 vai diminuir a cota economicamente ativa na população da China. Por isso, irá crescer o custo da mão-de-obra. Além disso, irá exercer a sua influência a elevação da qualificação dos quadros."
Ao mesmo tempo, os peritos encaram com ceticismo a tese a respeito do futuro papel da África. Eis a opinião de Ruslan Grinberg, diretor do Instituto de Economia junto da Academia de Ciências Russa.
"Quanto à idéia de que depois do preço da mão-de-obra na China atingir o nível europeu toda a produção vai passar para a África, esta idéia é totalmente exótica. Na África não existem condições necessárias e é pouco provável que a produção seja transferida para este continente. Falta também a respectiva infra-estrutura. A sua edificação é toda uma epopéia. Neste caso deve existir a força de vontade do Partido Comunista, o que se deu na China. Ou a exemplo do Partido Comunista, na Coréia. Creio que no caso da África isto não dará certo."
Com efeito, os investimentos afluem para os países do Continente Negro. Todavia o perito em estudos orientais Andrei Ostrovski constata que tanto os EUA, como a China, investem nos ativos relativos à matéria-prima, de que necessitam para o desenvolvimento da produção nos seus próprios territórios.
Mas a questão básica não é a África. O trabalho mal pago tornou-se uma das causas da crise econômica.
O trabalho barato não somente freia as tecnologias, mas também intensifica a desigualdade social. Aliás, Ruslan Grinberg ressalta que jamais faltam as produções que requerem o trabalho braçal.VR

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

G.BISSAU

                                               VIVA CAJU!

Benefícios do caju. Um alimento contra baixa imunidade do organismo.



                      

Os benefícios do caju são vastos e poderosos, entre eles, podemos destacar sua atuação no sistema imunológico, combatendo de forma eficaz a baixa imunidade do organismo. Isso se deve principalmente a alta concentração de vitamina C que essa fruta possui.
caju atua como coadjuvante na prevenção de infecções, no combate a alergias de pele, além de ser um excelente aliado na luta contra o cansaço físico e mental.
Para termos uma ideia dos grandes benefícios desta fruta, saiba que o caju possui cinco vezes mais  vitamina C do que a laranja, perdendo somente para o camu-camua e a acerola.
Os benefícios do caju não terminam por aí, por meio do licopeno e beta caroteno, também se torna um alimento indicado na prevenção do câncer de pulmão e próstata.
A medicina está estudando de forma exaustiva os benefícios do caju para o tratamento do câncer de mama e boca, em aplicações  contra obesidade, impotência sexual e úlceras.
Só o tempo irá nos dizer, o que os pesquisadores dirão de fato com relação a essa fruta.

As fibras do Caju

Para termos uma idéia do seu poder, saiba que cada 100g de caju contém 1,7g de fibras.
Por que as fibras são importantes?
Pois, além de contribuírem para o correto funcionamento do intestino, elas promovem saciedade, colaborando com o controle de peso.
Além disso, também impedem a absorção de substâncias cancerígenas e o crescimento de bactérias nocivas no intestino, prevenindo até o câncer de cólon.

Combinações Poderosas do caju

O Caju se adapta muito bem com as frutas cítricas, principalmente pela sua alta concentração de vitamina C.
A laranja e o limão são frutas que formam uma união perfeita com o Caju.
A maçã combinada com o caju se torna uma boa indicação para limpeza do organismo e auxiliar da digestão.
O caju com o chá de carqueja é uma boa combinação para diabéticos.
Conclusão:
Com tudo isso que foi dito, deu para perceber que os benefícios do caju realmente são muitos, então nossa dica é a seguinte:
Consuma Caju, fortaleça seu sistema imunológico e diga adeus a baixa imunidade do organismo!!C.N

NOTA:O camu camu,  é um adstringente, antioxidante e anti-inflamatório que pode reforçar os vasos sanguíneos e que é imediatamente absorvido na boca.Camu Camu é o fruto com o maior nivel de vitamina C no mundo.

Acerola é uma fruta. É rico em vitamina C , e também contém vitamina A, tiamina, riboflavina e niacina

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

MUNDO

             Ban Ki-Monn


"É PRECISO INVESTIR NA SUSTENTABILIDADE E NA DEMOCRACIA"

A superação das transições política e econômica no mundo passa pelo investimento em três eixos: avanço do desenvolvimento sustentável, satisfação das aspirações de democracia e de dignidade das pessoas e obtenção de mais poder por mulheres e jovens. A opinião é do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

"Ao longo dos tempos, pessoas disseram que o mundo está em meio a uma grande mudança. Mas o nível e o grau de mudança global que enfrentamos hoje é muito mais profundo do que em qualquer outro período da minha vida adulta. Eu chamo esse período de a grande transição", declarou Ban Ki-moon em palestra na Universidade Stanford, na Califórnia, Estados Unidos.

Para o secretário-geral, se é verdade que a transição é econômica, com o poder econômico mudando em função da região Ásia-Pacífico, não é menos verdade que também se busca um caminho mais sustentável para as pessoas e para o planeta.

"Acredito que estamos diante de uma oportunidade única. Porque as mudanças que enfrentamos são muito profundas - as decisões que tomarmos terão impacto mais profundo e mais duradouro do que talvez qualquer outro conjunto de decisões das últimas décadas", avalia. "Nós não temos tempo a perder."

Sobre o desenvolvimento sustentável, Ban Ki-Monn alerta que, nos próximos 20 anos, o mundo precisará de, no mínimo, 50% a mais de comida, 45% a mais de energia e 30% a mais de água.

"No ritmo atual, em breve vamos precisar de dois planetas Terra. Mas temos apenas um planeta. Não pode haver nenhum plano B, porque não há um planeta B. Tanto a ciência quanto a economia nos dizem que temos de mudar de curso - e logo."

Enquanto se trabalha para alcançar o desenvolvimento sustentável, também é vital lutar por uma paz sustentável, afirma o secretário-geral, destacando em particular os desafios que a ONU enfrenta com os conflitos em curso na Síria e no Mali.TERRA

G.BISSAU



O Natal na Guiné é “corda de batata”


"A batata larga as suas raízes na terra e cria ligações extensas e complexas, é o mesmo que acontece com os guineenses. Mesmo os muçulmanos festejam o Natal".



Quando Domingos fala sobre o futuro, a frase acaba quase sempre com “se Deus quiser...” Domingos Danfa, 54 anos, é muçulmano, reza cinco vezes por dia e diz que o seu Deus se chama Alá. Nada disso o impede de festejar o Natal. Vive em Bissau, a capital da Guiné-Bissau, e todos os anos no dia 25 de Dezembro mata uma cabra, compra sumos e convida os amigos e a família lá para casa.
Comemora a tradição católica como se fosse o Tabaski ou o Ramadão, as duas maiores festas muçulmanas. Este ano ainda não sabe como vai ser, um conhecido hotel onde era motorista não lhe pagou os cinco últimos meses de trabalho, as poupanças são curtas e a cabra ainda custa uns 25 mil francos CFA (cerca de 38 euros). “Os meus amigos já estão habituados a que seja eu a organizar tudo. Encontram-me na rua e perguntam: ‘Então, Domingos, como é que vai ser este ano?’ Eu digo que não sei, que logo se vê, também não pode ser sempre o mesmo, façam eles!”
“Qual é o problema? Não estou a ver qual é o problema, não há mal nenhum, os católicos também vêm às nossas festas”, responde Quebá Indjai, também muçulmano, quando o PÚBLICO lhe pergunta o porquê de celebrar uma festa tradicional de uma religião que não é a sua. Por ele, não comprava prendas para os filhos nem fazia árvore de Natal, é a mulher quem o obriga. “Há dois anos traí-a e tive um filho ilegítimo, fiquei tão, mas tão mal naquela fotografia, que agora faço tudo o que ela quer. Quase todos os anos é uma árvore de Natal nova: a minha mulher empresta-as aos vizinhos para tirarem fotografias com a família e nunca mais voltam”, queixa-se.
Para ele, o Natal é acima de tudo sinónimo de futebol. Quebá tem 40 anos e os olhos brilham-lhe quando fala dos tempos em que era jogador profissional. É nesta altura que organiza em Tite, uma região no interior Sul da Guiné-Bissau, um torneio de bola com os amigos que vêm da capital para as festas. “Não perco isto nem por nada, somos só adultos a partir dos 16 anos. O Natal na tabanca é muito melhor do que o dosdjinton da Praça [a expressão significa classe alta e é usada com um tom depreciativo e de gozo] do centro de Bissau.”
Na Guiné-Bissau, o Natal e a Páscoa não são uma festa para católicos tal como o Ramadão e o Tabaski não são uma festa para muçulmanos. São uma festa e ponto. De acordo com o World Fact Book da CIA, 50% da população é muçulmana, 40% crente em práticas indígenas (destes a maioria é animista) e 10% cristã. “Não há um fundamentalismo islâmico, todos confraternizamos uns com os outros até porque na mesma família existem crentes de várias religiões. E isto é o melhor de ser guineense, pode haver pouco, mas esse pouco é sempre partilhado com os amigos e os vizinhos”, analisa o poeta e antigo jornalista da Rádio Nacional da Guiné-Bissau Agnello Regalla. 
E acrescenta: “O Natal aqui é aquilo que em crioulo se chama “corda de batata”. A batata larga as suas raízes na terra e cria ligações extensas e complexas, é o mesmo que acontece com o nosso povo. Além da mestiçagem entre africanos e europeus, existem casamentos entre diferentes etnias, vai chegar um momento em que perderemos a identidade étnica e teremos uma identidade nacional mais forte. É por isso que será muito difícil vermos na Guiné-Bissau guerras étnicas, como acontecem noutros países de África.” 
Para Sambel Baldé, 58 anos na realidade e 53 no bilhete de identidade – porque para conseguir a bolsa de estudo para ir para Portugal fez-se passar por mais jovem –, só há um problema com esta mescla de tradições: o dinheiro. O engenheiro agrónomo é muçulmano, tem cinco filhos e queixa-se que estes o levam à falência. “Nesta altura, sobretudo nas tabancas, os miúdos aproveitam para pedir dinheiro. Os meus filhos já não querem roupa nova só no Tabaski mas também no Natal. E os pais não dizem que não. São cerca de 10 mil francos CFA [15 euros] por peça, para pagar o tecido e o costureiro, levo logo um arrombo de 50 mil.”
Em Bissau, o Natal é quase invisível
Na casa de Amiga o bacalhau para a noite de Natal é cozinhado na rua num pequeno fogareiro de carvão e a consoada faz-se à luz de velas e lanternas a pilhas. É uma assoalhada que faz de quarto e sala de jantar (a cabeceira da cama tanto serve para guardar os bonecos dos filhos como os pratos e o azeite) coberta por um telhado de zinco, sem electricidade nem gás. Água canalizada só às vezes e é no quintal, quando a rede de abastecimento pública funciona.  À mesa são sempre seis: a mãe, os dois filhos, o irmão mais novo e a sobrinha, todos católicos, mas depois há outros familiares, vizinhos e amigos sempre a entrar e a sair.  Para a noite de 24 de Dezembro, cozinham bacalhau, cozido de peixe e adoçam a refeição com uma sobremesa de papaia moída e açúcar caramelizado. No dia seguinte, comem o que sobra.
Amiga Santy tem 27 anos, estuda no 10.º ano e trabalha como empregada de limpeza e professora de educação física em Bissau. No ano passado ofereceu uns sapatos ao irmão e recebeu em troca umas calças de ganga. Com os dois trabalhos, ganha pouco mais de 90 euros por mês, mas na sua casa não são só as crianças que recebem prendas (na maioria das famílias guineenses só os mais novos têm direito a presentes, não há o hábito de ofertar os adultos nem sequer no dia do aniversário). “Este ano ainda não comprei nada, estou à espera que haja dinheiro.” O que gostava de receber? “Um cabelo postiço, sapatos e roupa.” O cabelo já o tem, resta saber se os seus outros desejos serão realizados.
Passeando pelas ruas de Bissau, nem parece que é Natal. O calor faz suar os corpos  e contam-se pelos dedos as lojas enfeitadas com luzes ou pais-natais. Não há montras vestidas de verde e vermelho, nem vidros polvilhados de purpurinas douradas e prateadas. Dentro das lojas, onde habitualmente se compram produtos não perecíveis como enlatados, bolachas ou detergentes quase ao dobro do preço da Europa (os supermercados não vendem frutas, legumes ou congelados), aumenta a quantidade de brinquedos nas prateleiras e cria-se um expositor para os entusiastas da árvore de Natal que não dispensam as bolas, as pinhas e as fitas.  
Mas nem sempre foi assim. Durante o colonialismo o comércio da capital guineense era igual ao de Lisboa, conta o jornalista Agnello Regalla. “Depois instalou-se um extremismo ideológico que fez com que fossem desaparecendo certas tradições como as montras iluminadas e os presépios. A pequena burguesia que estava ligada ao colonialismo foi ostracizada. Por exemplo, as pessoas que compravam bacalhau e grão passaram a ser olhadas de lado, por estarem a reproduzir um costume português. Agora isso já não acontece, mas certos hábitos perderam-se.”
O dono do supermercado Bonjour, um dos poucos da cidade que vende brinquedos, diz que este ano nem se preparou para o Natal. As vendas baixaram mais de 60% desde o golpe de Estado de 12 de Abril e Fernando Escada não teve vontade de enfeitar a loja. “Já vendi alguns bonecos e enfeites de Natal, mas não se compara a outros anos. Em Dezembro facturava-se mais de 300% relativamente aos meses anteriores, trabalhávamos durante o ano para o lucro ser quase todo produzido na altura das festas. A crise que agora se vive fez com a classe média enfraquecesse ainda mais e que as pessoas possam cada vez menos comprar estes luxos”, analisa.
Ementa de Natal
Aldina de Moura, 38 anos, não se deixa levar pela depressão generalizada dos guineenses que temem um novo golpe de Estado e uma derradeira derrapagem na economia do país. Quando o PÚBLICO chega a sua casa está a fazer o que faz todos os anos por esta altura: a prepará-la para o Natal. Pinta as paredes, faz uma limpeza generalizada e desinfecta todos os cantos com Baygon, para que nada falhe na noite da Consoada. É com a irmã Idília que começa logo no dia 23 a preparar os rissóis de camarão e os croquetes de peixe para congelar. A ementa é variada: para entrada os salgadinhos e o Galinha Cafriela  (com limão, piri-piri e cebola), para o jantar o bacalhau pode ser cozinhado à Brás ou à Gomes de Sá (nunca cozido) e no almoço de Natal a caldeirada é de cabra, cabrito ou borrego, conforme a carne que estiver disponível no mercado. As sobremesas vão da torta com creme de morangos ao doce de bolacha ou ao pudim, dependendo da inspiração e do tempo.
O marido de Aldina trabalha como advogado do Governo o que lhe permite levar uma vida mais desafogada do que a maioria dos guineenses. Vive na Praça, o centro de Bissau, perto dos três supermercados principais da cidade – Bonjour, Bodem e Darling – mas tenta controlar ao máximo o espírito consumista e só compra prendas para os três filhos. “Os brinquedos são muito caros. Uma boa boneca chega a custar 30 mil francos [cerca de 45 euros], em vez de comprar mais presentes, prefiro aprimorar na comida e termos todos roupas novas a estrear, isso é que não falha”, conta. 
Aldina e a irmã Idília são católicas, o marido muçulmano. Ídilia, como quase todos os católicos guineenses, vai sempre à Missa do Galo e leva consigo a sobrinha Jihane de 11 anos. Ninguém se zanga por causa disso. “Dizem que na Guiné não há dinheiro mas quando se fala em festa ninguém falta, graças a Deus!”, resume Aldina.público

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

G.BISSAU

RAMOS APONTA OS MISSEIS CONTRA OS LATINOS.

"Brasileiros, colombianos e venezuelanos, façam mais para evitar a saída da droga da América do Sul." O pedido é do ex-presidente do Timor-Leste e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996 José Ramos-Horta, representante nomeado das Nações Unidas em Guiné-Bissau. O país africano é rota de passagem de cocaína para a Europa.
"Os nossos irmãos africanos, sobretudo da África Ocidental, sempre aparecem mal na fita quando, na realidade, nenhum país africano produz droga. Isto é produzido na América Latina. Em nenhum país africano há grande consumo de droga. Consumidores há na América do Norte e na Europa", ponderou.
Para José Ramos-Horta, o problema de drogas na Guiné-Bissau seria resolvido se "os nossos irmãos da América Latina fizessem maiores esforços para controlar a produção da droga, e os nossos irmãos europeus fossem mais eficazes em controlar suas fronteiras", disse nesta segunda-feira ao sair de reunião na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
Na última década, Guiné-Bissau passou a ser utilizada como rota de narcotráfico para a Europa, crime que, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), tem sido mais rentável que os Estados Unidos, em especial no caso da droga produzida na Colômbia e na Venezuela.
O relatório do Unodc de 2012 aponta para o trânsito de drogas entre países falantes da língua portuguesa. "Uma parte da cocaína enviada para o Brasil é contrabandeada para a África (sobretudo o oeste e o sul da África), tendo a Europa como destino final. Por causa de afinidades linguísticas com o Brasil e alguns países africanos, Portugal emergiu como área significativa para o trânsito de cocaína", descreve o documento.
O tráfico de drogas se aproveita da extrema pobreza de Guiné-Bissau, herdada do período de colonização portuguesa, iniciada antes do descobrimento do Brasil. Há o problema da fragilidade das instituições de Estado de direito, marcadas por movimentos recorrentes de golpes de Estado - em quase 40 anos, nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a residência do então primeiro-ministro e principal candidato às eleições presidenciais de Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior.
Os militares têm a hegemonia política do país desde a independência. Ramos-Horta promete procurá-los e também outros setores para dialogar. "Serei muito ativo no diálogo, no ouvir as pessoas. Serei ativo sem ser intervencionista", disse, seguindo a orientação da ONU e afinado com a CPLP, que não reconhece o governo de transição instalado no país desde abril do ano passado. 
Ramos-Horta muda-se na segunda semana de fevereiro para Bissau, capital de Guiné-Bissau. Uma das metas das Nações Unidas é que o país se pacifique internamente e promova novas eleições. "As eleições não são um fim em si, mas um instrumento de escuta da sociedade. Para além do ato eleitoral, tem que haver um processo de diálogo e de organização das eleições para que o resultado venha a ser aceito sem qualquer questionamento", disse, sem prever quando os guineenses voltarão a ter eleições.
Em recente reunião no Uruguai dos 23 países que integram a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas), o Brasil se posicionou em favor do diálogo interno na Guiné-Bissau para dirimir conflitos. O Brasil tem grande interesse na normalização da vida política em Guiné-Bissau por causa da participação do país na CPLP, importante acesso do Brasil à África".TERRA

G.BISSAU

NOTA: MINHA SENHORA,A ÚNICA COISA BOA QUE A GUINÉ TEM NESTE MOMENTO ,É O TAL VALENTE PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS.O CONDE MONTA NELAS OU NELES (ANTÓNIO INJAI).TPanaque


O que é que há de bom na Guiné?


"Boa tarde Sr. Aly Silva,

Sou guineense de naturalidade e portuguesa de nacionalidade.

Vivi em Portugal toda a minha vida, mas por vários motivos, entre os quais a atual conjuntura económica da Europa, penso seriamente em “gozar” o pouco que terei de reforma (embora ainda me falte algum tempo para tal) no meu país de origem…

Gosto da Guiné, do clima e das pessoas, portanto foi com muita naturalidade que elegi o país para passar os últimos anos da minha vida.

Naturalmente, após esta tomada de decisão, comecei a interessar-me de forma mais profunda pelos acontecimentos socioeconómicos e políticos do país.

Tudo isto para diz que o seu blog, entre outros, passou a ser uma fonte de informação semanal, mas para grande tristeza minha, não encontro uma única notícia positiva…

Assim, pergunto-me: É de facto tudo mau? O que é que há de bom na Guiné?

Cumprimentos,

Maria da Mata
"

Minha resposta: Há o Povo. Mas esse, coitado, nada pode contra a tirania.Cumprimentos, AAS
fonte:Ditadura do Consenso

MALI

        LUTA SEM TRÉGUAS

Islamitas revelam planos quanto a "cruzados" no Mali






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Mokhtar Belmokhtar, terrorismo, Mali, terrorista, conflito, Signatários com Sangue
Mokhtar Belmokhtar

Em 21 de janeiro, o líder do grupo extremista "Signatários com Sangue", Mokhtar Belmokhtar, emitiu uma mensagem de vídeo declarando que todos os "cruzados" envolvidos na operação contra islamitas no Mali são um alvo legítimo para seus partidários.

Segundo ele, os ataques contra os cidadãos dos países a participarem desta operação continuarão até que seja parada a intervenção estrangeira no conflito.
Além disso, Belmokhtar propôs negociações sobre a resolução pacífica do conflito. De acordo com o líder extremista, os islamitas, tomando reféns na Argélia, "abriram a porta para negociações" com o governo do país e o Ocidente, no entanto, as autoridades argelinas não apreciam a iniciativa de paz.VR

GBISSAU


         "OUTRA FACE DA MOEDA". TPanaque
 “é errado rotular Amílcar Cabral de santo”.
"Mário Cissoko considera que Amílcar Cabral era uma pessoa egocêntrica e que “fez tudo para chegar onde chegou”, às vezes por métodos “pouco claros”.
“Há um culto de personalidade exagerado de Amílcar Cabral, mas ele não era um homem perfeito. Eis o meu ponto de vista, o que me tem trazido muita contradição, diferendo, com muita gente neste país”, afirma Cissoko.
“Não sou inimigo de Amílcar Cabral, sou um historiador. Ele não é nenhum santo como se queira pintar dele”, diz, citando casos que na sua opinião atestam o que afirma.
Cabral geriu mal as contradições com os seus colegas da luta. Com os combatentes guineenses isso era visível. Era o único a pensar e ditar as regras. Com os cabo-verdianos também. Várias vezes ouvi discussões entre Cabral e Abílio Duarte sobre quem de facto dirigia a luta”, nota.
“Certa vez discutia com Abílio Duarte e este dizia-lhe: você não é o chefe supremo disto. Estão aqui duas competências nacionais diferentes (Guiné e Cabo Verde). Abílio Duarte que era de facto o chefe da competência cabo-verdiana na luta não aceitava que Cabral fosse o chefe dele. Mesmo sendo o que era não tinha um gabinete específico no secretariado do partido em Conacri. Andava pelo sítio”, afirma Mário Cissoko.
Hoje com 65 anos e na altura responsável pela compilação das memórias da luta armada pela independência da Guiné-Bissau, Mário Cissoko diz que conviveu quase diariamente com Amílcar Cabral em Conacri, durante dois anos.
“Conheci Amílcar Cabral em 1965. Fui encarregado de arquivo morto do secretariado do PAIGC em Conacri entre 1966 e 1968, também nesse período era o encarregado da biblioteca do partido, que se situava mesmo ao lado do gabinete de Amílcar Cabral, ainda ajudava na tradução das publicações de propaganda do partido para o francês”, observa Cissoko.
O historiador, que diz que vai fazer relatos completos “com provas documentais” de muita coisa no seu livro, que se chamará “Dossiê secreto da luta de libertação nacional”, afirma que Amílcar Cabral não se iria aguentar durante muito tempo no poder se chegasse vivo à independência.
“Se fosse vivo aquando da independência e viesse para Bissau teria que justificar a morte de vários destacados combatentes guineenses. Mesmo que isso não fosse falado, seria os rumores de Bissau. Isso iria irrigar o povo”, diz o historiador.
“Também ele não iria manter-se no poder durante muito tempo como líder, porque, com a sua filosofia de vida, não iria aguentar perante as novas tentações do poder num país independente”, acrescenta.
Sem certezas, o historiador admite que já no final da vida de Amílcar Cabral este percebeu que a sua maneira de ser não era apreciado pelos combatentes. Daí, afirma, a célebre frase do antigo dirigente: “duas cabeças pensam melhor que uma e três pensam ainda muito melhor do que duas”.
“Fico a pensar que quando ele diz isso compreendeu que as pessoas já não suportavam o facto de ser ele o único que fala e pensa”, sublinha o historiador, avançando as causas possíveis para o assassínio do líder.
“Amílcar Cabral era uma pessoa inteligente. Fez o seu percurso para chegar onde chegou, era egocêntrico e por vezes injusto nas suas decisões, isso poderá ser o motivo da sua morte”, diz Cissoko, quando solicitado para definir a personalidade de Amílcar Cabral.
Entretanto, em declarações à Rádio de Cabo Verde, Corsino Tolentino, investigador cabo-verdiano e antigo combatente, afirma que o historiador guineense parte de um principio errado, que se está a santificar Cabral. “Cabral era um humanista universal, defensor dos direitos humanos”.
Ainda segundo Corsino Tolentino, hoje a obra de Cabral continua válida e justifica o argumento com o slogan do fundador do PAIGC, “pensar pelas nossas próprias cabeças”LUSA