segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

G.BISSAU

RAMOS APONTA OS MISSEIS CONTRA OS LATINOS.

"Brasileiros, colombianos e venezuelanos, façam mais para evitar a saída da droga da América do Sul." O pedido é do ex-presidente do Timor-Leste e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996 José Ramos-Horta, representante nomeado das Nações Unidas em Guiné-Bissau. O país africano é rota de passagem de cocaína para a Europa.
"Os nossos irmãos africanos, sobretudo da África Ocidental, sempre aparecem mal na fita quando, na realidade, nenhum país africano produz droga. Isto é produzido na América Latina. Em nenhum país africano há grande consumo de droga. Consumidores há na América do Norte e na Europa", ponderou.
Para José Ramos-Horta, o problema de drogas na Guiné-Bissau seria resolvido se "os nossos irmãos da América Latina fizessem maiores esforços para controlar a produção da droga, e os nossos irmãos europeus fossem mais eficazes em controlar suas fronteiras", disse nesta segunda-feira ao sair de reunião na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
Na última década, Guiné-Bissau passou a ser utilizada como rota de narcotráfico para a Europa, crime que, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), tem sido mais rentável que os Estados Unidos, em especial no caso da droga produzida na Colômbia e na Venezuela.
O relatório do Unodc de 2012 aponta para o trânsito de drogas entre países falantes da língua portuguesa. "Uma parte da cocaína enviada para o Brasil é contrabandeada para a África (sobretudo o oeste e o sul da África), tendo a Europa como destino final. Por causa de afinidades linguísticas com o Brasil e alguns países africanos, Portugal emergiu como área significativa para o trânsito de cocaína", descreve o documento.
O tráfico de drogas se aproveita da extrema pobreza de Guiné-Bissau, herdada do período de colonização portuguesa, iniciada antes do descobrimento do Brasil. Há o problema da fragilidade das instituições de Estado de direito, marcadas por movimentos recorrentes de golpes de Estado - em quase 40 anos, nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a residência do então primeiro-ministro e principal candidato às eleições presidenciais de Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior.
Os militares têm a hegemonia política do país desde a independência. Ramos-Horta promete procurá-los e também outros setores para dialogar. "Serei muito ativo no diálogo, no ouvir as pessoas. Serei ativo sem ser intervencionista", disse, seguindo a orientação da ONU e afinado com a CPLP, que não reconhece o governo de transição instalado no país desde abril do ano passado. 
Ramos-Horta muda-se na segunda semana de fevereiro para Bissau, capital de Guiné-Bissau. Uma das metas das Nações Unidas é que o país se pacifique internamente e promova novas eleições. "As eleições não são um fim em si, mas um instrumento de escuta da sociedade. Para além do ato eleitoral, tem que haver um processo de diálogo e de organização das eleições para que o resultado venha a ser aceito sem qualquer questionamento", disse, sem prever quando os guineenses voltarão a ter eleições.
Em recente reunião no Uruguai dos 23 países que integram a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas), o Brasil se posicionou em favor do diálogo interno na Guiné-Bissau para dirimir conflitos. O Brasil tem grande interesse na normalização da vida política em Guiné-Bissau por causa da participação do país na CPLP, importante acesso do Brasil à África".TERRA

G.BISSAU

NOTA: MINHA SENHORA,A ÚNICA COISA BOA QUE A GUINÉ TEM NESTE MOMENTO ,É O TAL VALENTE PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS.O CONDE MONTA NELAS OU NELES (ANTÓNIO INJAI).TPanaque


O que é que há de bom na Guiné?


"Boa tarde Sr. Aly Silva,

Sou guineense de naturalidade e portuguesa de nacionalidade.

Vivi em Portugal toda a minha vida, mas por vários motivos, entre os quais a atual conjuntura económica da Europa, penso seriamente em “gozar” o pouco que terei de reforma (embora ainda me falte algum tempo para tal) no meu país de origem…

Gosto da Guiné, do clima e das pessoas, portanto foi com muita naturalidade que elegi o país para passar os últimos anos da minha vida.

Naturalmente, após esta tomada de decisão, comecei a interessar-me de forma mais profunda pelos acontecimentos socioeconómicos e políticos do país.

Tudo isto para diz que o seu blog, entre outros, passou a ser uma fonte de informação semanal, mas para grande tristeza minha, não encontro uma única notícia positiva…

Assim, pergunto-me: É de facto tudo mau? O que é que há de bom na Guiné?

Cumprimentos,

Maria da Mata
"

Minha resposta: Há o Povo. Mas esse, coitado, nada pode contra a tirania.Cumprimentos, AAS
fonte:Ditadura do Consenso

MALI

        LUTA SEM TRÉGUAS

Islamitas revelam planos quanto a "cruzados" no Mali






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Mokhtar Belmokhtar, terrorismo, Mali, terrorista, conflito, Signatários com Sangue
Mokhtar Belmokhtar

Em 21 de janeiro, o líder do grupo extremista "Signatários com Sangue", Mokhtar Belmokhtar, emitiu uma mensagem de vídeo declarando que todos os "cruzados" envolvidos na operação contra islamitas no Mali são um alvo legítimo para seus partidários.

Segundo ele, os ataques contra os cidadãos dos países a participarem desta operação continuarão até que seja parada a intervenção estrangeira no conflito.
Além disso, Belmokhtar propôs negociações sobre a resolução pacífica do conflito. De acordo com o líder extremista, os islamitas, tomando reféns na Argélia, "abriram a porta para negociações" com o governo do país e o Ocidente, no entanto, as autoridades argelinas não apreciam a iniciativa de paz.VR

GBISSAU


         "OUTRA FACE DA MOEDA". TPanaque
 “é errado rotular Amílcar Cabral de santo”.
"Mário Cissoko considera que Amílcar Cabral era uma pessoa egocêntrica e que “fez tudo para chegar onde chegou”, às vezes por métodos “pouco claros”.
“Há um culto de personalidade exagerado de Amílcar Cabral, mas ele não era um homem perfeito. Eis o meu ponto de vista, o que me tem trazido muita contradição, diferendo, com muita gente neste país”, afirma Cissoko.
“Não sou inimigo de Amílcar Cabral, sou um historiador. Ele não é nenhum santo como se queira pintar dele”, diz, citando casos que na sua opinião atestam o que afirma.
Cabral geriu mal as contradições com os seus colegas da luta. Com os combatentes guineenses isso era visível. Era o único a pensar e ditar as regras. Com os cabo-verdianos também. Várias vezes ouvi discussões entre Cabral e Abílio Duarte sobre quem de facto dirigia a luta”, nota.
“Certa vez discutia com Abílio Duarte e este dizia-lhe: você não é o chefe supremo disto. Estão aqui duas competências nacionais diferentes (Guiné e Cabo Verde). Abílio Duarte que era de facto o chefe da competência cabo-verdiana na luta não aceitava que Cabral fosse o chefe dele. Mesmo sendo o que era não tinha um gabinete específico no secretariado do partido em Conacri. Andava pelo sítio”, afirma Mário Cissoko.
Hoje com 65 anos e na altura responsável pela compilação das memórias da luta armada pela independência da Guiné-Bissau, Mário Cissoko diz que conviveu quase diariamente com Amílcar Cabral em Conacri, durante dois anos.
“Conheci Amílcar Cabral em 1965. Fui encarregado de arquivo morto do secretariado do PAIGC em Conacri entre 1966 e 1968, também nesse período era o encarregado da biblioteca do partido, que se situava mesmo ao lado do gabinete de Amílcar Cabral, ainda ajudava na tradução das publicações de propaganda do partido para o francês”, observa Cissoko.
O historiador, que diz que vai fazer relatos completos “com provas documentais” de muita coisa no seu livro, que se chamará “Dossiê secreto da luta de libertação nacional”, afirma que Amílcar Cabral não se iria aguentar durante muito tempo no poder se chegasse vivo à independência.
“Se fosse vivo aquando da independência e viesse para Bissau teria que justificar a morte de vários destacados combatentes guineenses. Mesmo que isso não fosse falado, seria os rumores de Bissau. Isso iria irrigar o povo”, diz o historiador.
“Também ele não iria manter-se no poder durante muito tempo como líder, porque, com a sua filosofia de vida, não iria aguentar perante as novas tentações do poder num país independente”, acrescenta.
Sem certezas, o historiador admite que já no final da vida de Amílcar Cabral este percebeu que a sua maneira de ser não era apreciado pelos combatentes. Daí, afirma, a célebre frase do antigo dirigente: “duas cabeças pensam melhor que uma e três pensam ainda muito melhor do que duas”.
“Fico a pensar que quando ele diz isso compreendeu que as pessoas já não suportavam o facto de ser ele o único que fala e pensa”, sublinha o historiador, avançando as causas possíveis para o assassínio do líder.
“Amílcar Cabral era uma pessoa inteligente. Fez o seu percurso para chegar onde chegou, era egocêntrico e por vezes injusto nas suas decisões, isso poderá ser o motivo da sua morte”, diz Cissoko, quando solicitado para definir a personalidade de Amílcar Cabral.
Entretanto, em declarações à Rádio de Cabo Verde, Corsino Tolentino, investigador cabo-verdiano e antigo combatente, afirma que o historiador guineense parte de um principio errado, que se está a santificar Cabral. “Cabral era um humanista universal, defensor dos direitos humanos”.
Ainda segundo Corsino Tolentino, hoje a obra de Cabral continua válida e justifica o argumento com o slogan do fundador do PAIGC, “pensar pelas nossas próprias cabeças”LUSA

G.BISSAU


 SEM JUÍZO NA CABEÇA,NÃO HAVERÁ PÃO PARA MALUCOS

"O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, admitiu hoje que será difícil mobilizar a comunidade internacional para apoiar o processo eleitoral no país e mostrou-se favorável a um adiamento das eleições.
"Não é fácil (...) devido à crise financeira e económica que prevalece no mundo, em particular nos países ricos amigos e apoiantes tradicionais da Guiné-Bissau. [Será] Difícil devido aos constantes recuos no processo na Guiné-Bissau, alguma desilusão, desencanto", disse o timorense José Ramos-Horta.
O representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que falava aos jornalistas em Lisboa, após uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, adiantou contudo ser possível inverter este cenário".VISÃO