quinta-feira, 21 de junho de 2012

GUINÉ-BISSAU


Motivações do golpe são inaceitáveis

21 de Junho, 2012
Georges Chicoti terminou ontem a visita de três dias à Itália onde reiterou o desejo de ver normalizada a situação na Guiné-Bissau
Fotografia: António Sampaio| Roma
O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, afirmou ontem, em Roma, que o golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné-Bissau teve “motivações confusas e inaceitáveis”.
O chefe da diplomacia angolana, que falava durante uma palestra sobre a política externa de Angola, disse ser por essa razão que o golpe de Estado foi condenado pela ONU, União Africana e União Europeia. “No contexto da CPLP, Angola e os restantes Estados-membros não poupam esforços na procura do estabelecimento de uma parceria estratégica com a CEDEAO, sob a  coordenação das Nações Unidas, visando trazer a estabilidade política ao país”, afirmou.
Georges Chikoti reiterou o desejo de ver normalizada a situação na Guiné-Bissau, no âmbito da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e deplorou a vaga de golpes de Estado que volta a assolar o continente africano.
A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral defende para a África “exemplos concretos” que confirmam o compromisso dos Estados em “virar firmemente uma página negra” na história do continente africano.
“A SADC junta a sua voz aos que condenam os golpes de Estado ocorridos na Guiné-Bissau e no Mali, ao mesmo tempo que saúda os esforços regionais em curso com vista à manutenção da paz, da estabilidade e do restabelecimento da ordem constitucional”, adiantou.
Nesta óptica, Georges Chikoti defendeu a via do “diálogo paciente e inclusivo e da negociação” para a busca de soluções equilibradas e justas, com o apoio e a participação da União Africana (UA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). O ministro falou da situação da seca na região do chamado Corno de África, em particular da Somália, que é igualmente objecto de preocupação de Angola. Nesse contexto, disse Georges Chicoti, Angola associa-se aos esforços da assistência humanitária internacional e à procura de soluções políticas que ponham fim ao conflito armado naquela parcela do continente africano.
Relativamente aos acontecimentos que ocorreram na Líbia e no Egipto, o governo angolano espera que os povos destes países possam encontrar a estabilidade a curto prazo. Segundo Georges Chikoti, a solução passa pelo livre exercício dos seus direitos democráticos.

Angola, sublinhou o ministro Georges Chicoti, também continua preocupada com os fracos progressos registados na resolução do   conflito do Sahara Ocidental, que permanece uma importante questão na agenda internacional.
O ministro das Relações Exteriores referiu-se também à situação no Médio Oriente e, sobretudo, aos territórios palestinianos, como um dos mais graves problemas com que a comunidade internacional se vê confrontada.
No período da manhã, Georges Chikoti reuniu-se na sede da FAO, em Roma, com os embaixadores africanos na Itália, com os quais passou em revista a situação prevalecente na Guiné-Bissau e noutros pontos do Mundo. A SIOI, fundada em 1944, desenvolve uma actividade de formação e pesquisa sobre os temas de cooperação internacional, o desenvolvimento das relações internacionais e a integração europeia. Franco Frattini, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Sílvio Berlusconi, é o presidente da SIOI, que elogiou, na ocasião, a consolidação da democracia e estabilidade em Angola. na terça-feira à noite, o ministro das Relações Exteriores ofereceu um cocktail num hotel de Roma, no qual estiveram presentes membros do governo italiano, diplomatas, académicos, empresários e políticos. 
Georges Chikoti terminou ontemuma visita de três dias a Itália, no quadro do relançamento da cooperação entre os dois países.

GUINÉ-BISSAU

21-06-2012 15:47
África
Presidente da AOMA afirma que associação pode mediar conflitos 

Presidente da AOMA, Paulo Tjipilica
Presidente da AOMA, Paulo Tjipilica


 
Luanda - O presidente da Associação dos Ombudsman, Mediadores ou provedores de Justiça Africanos (AOMA), o angolano Paulo Tjipilica, disse hoje (quinta-feira) em Luanda, que associação pode servir como mediadora em os inúmeros conflitos que assolam o continente, destacando a crise no Mali, Guiné-Bissau, entre outros.

Falando à Angop, à margem da reunião dos Provedores de Justiça, Paulo Tjipilica ressaltou que a AOMA devido a sua força fará o possível de mediar com a União Africana para o apaziguamento de certas instabilidades e turbulências que se registam por quase todo continente.

De acordo ainda com presidente da AOMA, a instituição está dotada de quadros competentes capazes de ajudar na mediação de conflitos, em zonas ou países que enfrentam querelas políticas, contribuindo assim para a paz e reconciliação dos povos. 

Por outro lado, acrescentou que AOMA tem velado pelos interesses da defesa e liberdades do cidadão e para que tivesse a abrangência que tem hoje foi necessário corporizar um memorando de entendimento e de cooperação com a União Africana (UA).

O acordo de entendimento entre a UA e a AMOA , assinado em Outubro de 2011 define de forma concisa os objectivos da cooperação entre as duas organizações com vista ao estabelecimento das normas e linhas de orientação que devem servir de parâmetro para sua execução.

São objectivos do acordo: a promoção da: democracia, boa governação, direitos do Homem, Transparência na gestão dos assuntos/negócios/públicos, justiça administrativa, observação das eleições em África, resolução e preservação de conflitos.

Explicou por outro lado, que no encontro participam apenas alguns países africanos que constituem o núcleo para a elaboração do estatuto, ou seja, os países estão representados por regiões da SADC e das zonas Oeste Leste do continente. 

A reunião de coordenação sobre a execução do Acordo de Entendimento entre a Comissão da União africana (CUA) e a Associação dos "Ombudsmen e mediadores africanos ou provedores de Justiça" decorre desde a manhã de hoje (quinta-feira) na capital angolana, Luanda.


Estão presentes, entre outras individualidades, os provedores de justiça de Moçambique, do Mali, do Sudão, da Etiópia, da África do sul, da Zâmbia, Ilhas Maurícias.

GUINÉ-BISSAU: O PAIGC DEVE FALAR URGENTEMENTE COM SERIFO NHAMADJO PARA SE INTEIRAR DOS ULTIMOS DESENVOLVIMENTOS E SABER TAMBÉM DAS REAIS INTENÇÕES DO PRÓPRIO SERIFO