sábado, 26 de janeiro de 2013

G.BISSAU

BRASIL DEVE E QUASE É OBRIGADO.

 A presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga colónia.
Numa abordagem a conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente  demonstrou o interesse especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante da comunidade dos países de língua portuguesa.
"Também não podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma.
A presidente fez referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a Guiné Bissau, José Ramos Horta,  pediu ao Brasil maior controle sobre a droga levada da América do Sul para a África.
Tentações coloniais
A presidente do Brasil defendeu a submissão das ações militares no Mali ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de civis. "O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, a antigas tentações coloniais", disse, sem citar o nome, em referência à atuação da França, que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960.
A presidente disse que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais na resolução desses conflitos".
Dilma Rousseff defendeu uma mobilização internacional para que se encontre solução pacífica para o conflito na Síria. "Ficou visível que, através do conflito armado, não se chegará a um acordo", disse. Segundo a presidente, o principal responsável pelo acirramento do conflito é o governo local, mas a oposição armada também contribui. As informações são da Agência Brasil.ÁFRICA 21

G.BISSAU


      CAÇAR OS RESPONSÁVEIS.
"Cerca de 80 por cento das farmácias da Guiné-Bissau vendem medicamentos de origem duvidosa, a maioria vindos de países vizinhos como a Nigéria, a Gâmbia ou a Guiné-Conacri, denunciou um responsável do sector nesta sexta-feira.
Na Guiné-Bissau não existe um laboratório de controlo dos medicamentos que são vendidos ao público, disse o secretário nacional da Associação dos Farmacêuticos da Guiné-Bissau, Ahmed Akdhar.
"O problema maior reside na origem dos remédios. A título de exemplo, no Senegal existem mais de dez depósitos de distribuição oficial de medicamentos e na Guiné-Bissau não há nenhum", revelou Akdhar, citado pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG).
O país adiantou que dispõe de um Depósito Central de Compras de Medicamentos Essenciais (CECOMES) mas o recheio é produto de donativos e não é destinado à venda.
De acordo com Ahmed Akdhar outro dos problemas do setor é a falta de formação de pessoal farmacêutico, já que a maioria dos profissionais nem sequer sabe interpretar as receitas médicas
Ainda citado pela ANG, o responsável mostrou-se contra a propagação de postos de venda de medicamentos (sem qualquer controlo e fora das farmácias), um fenómeno que no vizinho Senegal foi extinto "há 30 anos".
Também em declarações à ANG o inspetor-geral de Saúde disse que a instituição tem falta de meios materiais e humanos para combater a venda ambulatória de medicamentos.
Benjamim Lourenço Dias disse que, como farmacêutico de profissão, tem consciência de que os medicamentos vendidos nas farmácias do país se encontram em mau estado de conservação, devido nomeadamente à falta da luz elétrica.C.M