sexta-feira, 15 de junho de 2012

UM EXEMPLO QUE A GUINÉ-BISSAU NÃO DEVE SEGUIR ,MASSACRE DE RUANDA,COMO ACONTECEU,POR QUE ACONTECEU


"Imediatamente antes de rachar o crânio do mecânico de 23 anos", relatou a revista U.S.News & World Report, "um dos agressores disse a Hitiyise: 'Você tem de morrer porque é tutsi'".

ESTA cena se repetiu com muita freqüência durante os meses de abril e maio, em Ruanda, um pequeno país localizado na África Central. Na época havia 15 congregações das Testemunhas de Jeová em Kigali, capital de Ruanda, e nos arredores. O superintendente da cidade, Ntabana Eugène, era tutsi. Ele, a esposa, o filho e a filha de nove anos, Shami, estavam entre as primeiras pessoas chacinadas quando irrompeu o surto de violência.

Diariamente, milhares de ruandeses foram assassinados - por semanas a fio. "Nas últimas seis semanas", relatou em meados de maio a revista acima, "o número de mortos chegou a 250.000 numa campanha de genocídio e vingança que rivaliza com o expurgo sangrento do Khmer Vermelho, no Camboja, em meados da década de 70".

A revista Time declarou: "Numa cena que fez lembrar a Alemanha nazista, num grupo de 500 crianças escolheram-se algumas simplesmente porque pareciam ser tutsis. . . . Camponeses hutus deram ao prefeito da cidade sulina de Butare, que é casado com uma tutsi, [uma dolorosa] escolha: poderia poupar a esposa e os filhos se entregasse a família da esposa - tanto os pais como a irmã - para serem mortos. Ele concordou."

Seis pessoas, quatro hutus e dois tutsis, trabalhavam no Escritório de Tradução das Testemunhas de Jeová em Kigali. Os tutsis eram Ananie Mbanda e Mukagisagara Denise. Quando a milícia junto com saqueadores foram à casa, ficaram furiosos ao descobrir que ali hutus e tutsis moravam juntos. Eles queriam matar Mbanda e Denise.

"Eles começaram a puxar os pinos das granadas de mão que traziam", disse Emmanuel Ngirente, um dos irmãos hutus, "ameaçando matar-nos, visto que em nosso meio tínhamos os inimigos deles. . . . Queriam uma grande soma de dinheiro. Demos a eles todo o dinheiro que tínhamos, mas eles não ficaram satisfeitos. Decidiram levar, como compensação, tudo que pudessem usar, incluindo um computador laptop usado no serviço de tradução, uma fotocopiadora, rádios, sapatos, e assim por diante. De repente foram embora sem matar a nenhum de nós, mas disseram que voltariam."

Nos próximos dias, os saqueadores voltaram diversas vezes, e toda vez as Testemunhas hutus imploraram pela vida de seus irmãos tutsis. Por fim, quando se tornou perigoso demais para Mbanda e Denise continuarem ali, tomaram-se providências para que fossem com outros refugiados tutsis para uma escola nas redondezas. Quando a escola foi atacada, Mbanda e Denise conseguiram fugir. Conseguiram passar por diversos bloqueios na estrada, mas, por fim, em um dos bloqueios, todos os tutsis foram separados, e Mbanda e Denise foram mortos.

Quando os soldados retornaram ao Escritório de Tradução e descobriram que as Testemunhas tutsis haviam fugido, eles espancaram os irmãos hutus. Então um morteiro explodiu nas proximidades, e os irmãos conseguiram escapar com vida.

Com a matança contínua em todo o país, é possível que o número de mortos tenha chegado a meio milhão. Por fim, dos oito milhões de habitantes de Ruanda, entre dois e três milhões, ou mais, abandonaram suas casas. Muitos desses buscaram refúgio em dois países vizinhos, Zaire e Tanzânia. Centenas de Testemunhas de Jeová foram mortas, e muitas outras estavam entre os que fugiram para os campos de refugiados fora do país.

O que provocou tal chacina e êxodo sem precedentes? Poderiam ter sido evitados? Qual era a situação antes do irrompimento da violência?

Os hutus e os tutsis

A população tanto de Ruanda como do vizinho Burundi é constituída de hutus, um povo banto em geral entroncado e de estatura baixa, e de tutsis, normalmente mais altos e de pele mais clara, que também são conhecidos como watusis. Nos dois países 85% da população é constituída de hutus e 14% de tutsis. Há registros de conflitos entre esses dois grupos étnicos desde o século 15. Em geral, porém, eles têm convivido pacificamente.

"Convivíamos em paz", disse uma mulher de 29 anos sobre os 3.000 hutus e tutsis que viviam na aldeia de Ruganda, que fica a alguns quilômetros a leste do Zaire. Mas em abril os ataques-surpresa de gangues hutus eliminaram quase toda a população tutsi da aldeia. O jornal The New York Times explicou:

"A história dessa aldeia é a história de Ruanda: a convivência entre hutus e tutsis, casando-se entre si, não se preocupando, ou nem mesmo sabendo, quem era hutu e quem era tutsi.

"Daí aconteceu uma reviravolta. Em abril, as turbas hutus em todo o país irromperam em violência, matando tutsis onde quer que esses fossem encontrados. Quando começaram as matanças, os tutsis fugiram para as igrejas em busca de proteção. As turbas os seguiram, transformando santuários em cemitérios que continuam salpicados de sangue."

O que provocou a matança? Foram as mortes, num desastre aéreo, dos presidentes de Ruanda e Burundi, ambos hutus, ocorrida em Kigali, em 6 de abril. De alguma forma, esse episódio desencadeou a chacina não apenas de tutsis, mas também de quaisquer hutus que se supunha ter simpatia pelos tutsis.

Ao mesmo tempo, intensificou-se a luta entre as forças rebeldes - a FPR (Frente Patriótica Ruandesa), controlada pelos tutsis - e as forças do governo, controladas pelos hutus. Até julho a FPR havia vencido as forças do governo e obtido controle de Kigali e grande parte das outras regiões de Ruanda. Temendo represálias, milhares de hutus fugiram do país no início de julho.

Quem é responsável?

Quando se pediu a um lavrador tutsi para explicar por que a violência irrompeu subitamente em abril, ele disse: "É devido aos maus líderes."

De fato, no decorrer dos séculos, os líderes políticos espalharam mentiras sobre seus inimigos. Sob a direção do "governante deste mundo", Satanás, o Diabo, os políticos do mundo têm persuadido os do seu próprio povo a lutar e a matar os de outra raça, tribo, ou nação. (João 12:31; 2 Coríntios 4:4; 1 João 5:19) A situação não é diferente em Ruanda. O The New York Times disse: "Os políticos têm repetidamente tentado fomentar lealdade e temores étnicos - no caso dos hutus, para manter o controle do Governo; no caso dos tutsis, para organizar o apoio à frente rebelde."

Visto que as pessoas de Ruanda de muitas maneiras são parecidas, nunca se esperaria que se odiassem e matassem umas às outras. "Os hutus e os tutsis falam a mesma língua e no geral têm as mesmas tradições", escreveu o repórter Raymond Bonner. "Com a mistura dessas raças já por gerações, as diferenças físicas - os tutsis, altos e magros; os hutus, mais baixos e troncudos - desapareceram a tal ponto, que os ruandeses geralmente não têm certeza se alguém é hutu ou tutsi."

A recente enxurrada de propaganda, porém, tem tido um efeito inacreditável. Para ilustrar esse ponto, Alex de Waal, diretor do grupo Direitos Africanos, disse: "Os camponeses nas áreas dominadas pela FPR alegadamente ficaram espantados de que os soldados tutsis não têm chifre, rabo, e olhos que brilham no escuro - pois é isso que dizem os programas de rádio que escutam."

Não são apenas os líderes políticos que moldam a maneira de pensar do povo, as religiões também influem nisso. Quais são as principais religiões de Ruanda? São elas também responsáveis pela tragédia?

O papel da religião

A The World Book Encyclopedia (edição de 1994) diz sobre Ruanda: "A maioria da população é católica . . . A Igreja Católica Romana e outras religiões cristãs são responsáveis por quase todas as escolas primárias e secundárias do país." De fato, o jornal National Catholic Reporter chamou Ruanda de uma "nação 70% católica".

O jornal britânico The Observer dá os antecedentes históricos da situação religiosa em Ruanda, explicando: "Durante a década de 30, quando as igrejas lutavam pelo controle do sistema educacional, os católicos ficaram a favor da aristocracia tutsi ao passo que os protestantes se aliaram aos hutus, uma maioria oprimida. Em 1959, os hutus tomaram o poder e em pouco tempo tinham o apoio dos católicos e dos protestantes. O apoio protestante à maioria hutu continua sendo muito forte."

Têm os líderes religiosos protestantes, por exemplo, condenado os massacres? The Observer responde: "Perguntou-se a dois clérigos [anglicanos] se eles condenavam os assassinatos que encheram as naves das igrejas de Ruanda com os corpos de crianças decapitadas.

"Recusaram-se a responder. Eles se esquivaram das perguntas, ficaram agitados, ergueram a voz, e a raiz da crise de Ruanda foi exposta - os membros de maior destaque da Igreja Anglicana agindo como meninos de recados de patrões políticos que têm pregado o assassinato e enchido os rios de sangue."

Na verdade, as Igrejas da cristandade em Ruanda não são diferentes de suas equivalentes em outros lugares. Por exemplo, o general-de-brigada britânico Frank P. Crozier disse o seguinte sobre o apoio das religiões aos líderes políticos na Primeira Guerra Mundial: "As igrejas cristãs são os melhores fomentadores da ânsia de sangue que temos, e fizemos delas livre uso."

Sem dúvida, os líderes religiosos têm uma grande responsabilidade pelo que aconteceu. O National Catholic Reporter de 3 de junho de 1994, declarou: "O conflito nessa nação africana é 'um verdadeiro genocídio, pelo qual, lamentavelmente, até mesmo os católicos são responsáveis', disse o papa."

Obviamente, as Igrejas deixaram de ensinar os verdadeiros princípios cristãos, baseados em textos como Isaías 2:4 e Mateus 26:52. Segundo o jornal francês Le Monde, um sacerdote deplorou: "Eles estão matando uns aos outros, esquecendo-se totalmente de que são irmãos." Outro sacerdote ruandês admitiu: "Cristãos sendo assassinados por cristãos, depois de um século de sermões sobre amor e perdão. Isso denota um fracasso." O Le Monde perguntou: "Como alguém pode deixar de pensar que os tutsis e os hutus, que estão agora em guerra em Burundi e Ruanda, foram ensinados pelos mesmos missionários cristãos e freqüentavam as mesmas igrejas?"

Os verdadeiros cristãos são diferentes

Os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo agem de acordo com sua ordem de 'amar uns aos outros'. (João 13:34) Consegue imaginar Jesus ou um de seus apóstolos pegando um machete e usando-o para matar alguém? Os que executam tal matança desenfreada são identificados como "filhos do Diabo". - 1 João 3:10-12.

As Testemunhas de Jeová não participam de nenhuma maneira em guerras, revoluções ou quaisquer conflitos promovidos pelos políticos do mundo, que são controlados por Satanás, o Diabo. (João 17:14, 16; 18:36; Revelação [Apocalipse] 12:9) Em vez disso, as Testemunhas de Jeová demonstram genuíno amor umas pelas outras. Assim, durante os massacres, as Testemunhas hutus se dispuseram a arriscar sua vida no empenho de proteger seus irmãos tutsis.

Tais tragédias, porém, não nos devem surpreender. Na profecia de Jesus sobre a "terminação do sistema de coisas", ele predisse: "Então vos . . . matarão." (Mateus 24:3, 9) Felizmente, Jesus promete que os fiéis serão lembrados por ocasião da ressurreição dos mortos. - João 5:28, 29.

No ínterim, as Testemunhas de Jeová em Ruanda e ao redor do mundo estão determinadas a continuar evidenciando que são discípulos de Cristo por amarem umas às outras. (João 13:35) O seu amor dá um testemunho, mesmo em meio às atuais dificuldades, como revela o relatório anexo intitulado "Testemunhas nos campos de refugiados". Todos precisamos lembrar-nos do que Jesus disse em sua profecia: "Quem tiver perseverado até o fim é o que será salvo." - Mateus 24:13.

[Quadro na página 29]

TESTEMUNHAS NOS CAMPOS DE REFUGIADOS

Em julho do ano corrente, cerca de 4.700 Testemunhas e pessoas que se associam com elas estavam em campos de refugiados. No Zaire, 2.376 estavam em Goma, 454 em Bukavu, e 1592 em Uvira. Além disso, havia cerca de 230 em Benaco, na Tanzânia.

Nem mesmo chegar aos campos de refugiados era fácil. Uma congregação de 60 Testemunhas tentou atravessar a ponte Rusumo, uma das principais vias de escape para os campos na Tanzânia. Visto que não tiveram permissão para passar, percorreram as margens do rio durante uma semana. Daí, decidiram tentar atravessar o rio de canoa. Conseguiram, e, após alguns dias, chegaram em segurança ao campo.

As Testemunhas de Jeová em outros países organizaram campanhas de ajuda em grande escala. As Testemunhas na França recolheram mais de cem toneladas de roupa e nove toneladas de sapatos, e, junto com suplementos alimentares e remédios, essas provisões foram enviadas para as regiões carentes. Com freqüência, a primeira coisa que os irmãos nos campos de refugiados pediam, contudo, era a Bíblia, a revista A Sentinela ou a Despertai!.

Muitos observadores ficaram impressionados com o amor demonstrado pelas Testemunhas do Zaire e da Tanzânia, que visitaram e ajudaram seus irmãos refugiados. "Vocês recebem visitas de pessoas de sua religião", dizem os refugiados, "mas nós não fomos visitados nem por um sacerdote da nossa Igreja".

As Testemunhas ficaram bem conhecidas nos campos, em grande parte devido à sua união, por serem ordeiras e terem disposição amorosa. (João 13:35) É interessante observar que em Benaco, Tanzânia, levou apenas 15 minutos para localizar as Testemunhas refugiadas dentre as cerca de 250.000 pessoas que estavam no campo.
     ENOQUE A.

GUINÉ-BISSAU

Angolapress
15-06-2012 16:01
Angola/Guiné-Bissau
Missang constituiu experiência válida - ministro da Defesa 
Angop
Ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem
Ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem
Luanda - A constituição da Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG) foi uma experiência válida e estimulante que, seguramente, iremos reter na nossa memória colectiva por muitos e longos anos, afirmou hoje, sexta-feira, o ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem.

O governante fez este pronunciamento na cerimónia de recessão dos efectivos, pelo termo da missão, realizada na Unidade de Forças Especiais, baseada em Cabo Ledo, província do Bengo.

“Como é do conhecimento geral, a República de Angola, à luz do seu espírito de solidariedade e institucional, aceitou de bom grado participar, através de um protocolo firmado entre os dois executivos, no processo de reorganização dos órgãos de defesa e segurança da Guiné-Bisseu”, referiu.

O titular da pasta da Defesa explicou que a iniciativa visou “a formação de quadros militares e polícias, na perspectiva da reposição da segurança e estabilidade política e militar deste país irmão, ciclicamente assolado por tenebrosos actos inconstitucionais, consubstanciados em sucessivos golpes de Estado”.

“No quadro da implementação do programa de cooperação técnico-militar e de segurança, entre as repúblicas de Angola e da Guiné-Bissau, surgiu a Missang para participar activamente no processo de reforma, reestruturação, desenvolvimento e pleno funcionamento dos órgãos de defesa e segurança deste país, com o qual temos laços de irmandade”, acrescentou.

O ministro referiu que, apesar da vontade do legítimo governo e do povo da Guiné-Bissau, “por razões alheias à nossa vontade, que são sobejamente conhecidas, não nos foi possível atingir os objectivos que estiveram na base da criação da Missang, bem como o cumprimento cabal da sua missão”.

Lembrou que o protocolo previa, entre outras acções, a reabilitação e construção de infra-estruturas para a melhoria das condições de vida e de trabalho dos efectivos das forças armadas e polícia guineenses, cujo programa foi interrompido à luz dos acontecimentos que culminaram num golpe de força.

De acordo com o governante, Angola reitera o seu apoio ao povo irmão da Guiné-Bissau e total disponibilidade de continuar a contribuir em todas as acções que visem reforçar a democracia e a melhoria da qualidade de vida dos guineenses em geral.

A cerimónia foi marcada pela entrega do estandarte (Bandeira) da Missang ao ministro da Defesa Nacional, como forma de assinalar o fim da missão na Guiné-Bissau.

Assistiram ao acto distintos membros do Executivo, oficiais-generais e superiores dos três ramos das FAA (Exército, Marinha e Força Aérea), adidos de Defesa acreditados em Angola, entre outros convidados.

GUINÉ-BISSAU

15-06-2012 16:33
Cabo Verde/CPLP
PR mantém pressão sobre Guiné -Bissau 


Cidade da Praia - O presidente de Cabo Verde manteve hoje (sexta-feira) a pressão sobre o regresso à normalidade democrática na Guiné-Bissau e manifestou-se favorável à adesão da Guiné - Equatorial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). 
 
   
Jorge Carlos Fonseca, numa conferência de imprensa na Cidade da Praia, salientou que os encontros oficiais que manteve com as autoridades portuguesas em Lisboa, durante a visita de Estado de segunda e terça-feira, reforçaram a ideia defendida por Cabo Verde na busca de uma solução que passe sobretudo pelas Nações Unidas. 
 
  
"A solução tem de passar pelo respeito pela ordem constitucional. É evidente que a segunda volta das eleições presidenciais não é exequível já. Tem de haver soluções realistas e pragmáticas, que passem pelo Conselho de Segurança da ONU e que vinculem a União Africana (UA) e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)", frisou. 
 
  
Ao salientar que a situação na Guiné-Bissau, afectada por um golpe de Estado a 12 de Abril e cujo Comando Militar se mantém no poder, "continua a ser muito plástica", Jorge Carlos Fonseca referiu que a posição portuguesa, "no essencial", não difere da de Cabo Verde. 
 
   
O presidente cabo-verdiano salientou que as posições dos dois países saíram reforçadas depois de encontros com o presidente, Primeiro-ministro e outras personalidades políticas de Portugal, bem como na reunião que manteve em Lisboa com o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, cujo teor não adiantou. 
 
   
Sobre a eventual adesão da Guiné Equatorial à CPLP, Jorge Calos Fonseca indicou que a cimeira de Maputo, em Julho próximo, irá analisar o "roteiro de requisitos" que as autoridades de Malabo acederam em cumprir há dois anos e que, mediante a análise, se decidirá pela entrada ou por conceder "mais tempo".
   
   
"Obviamente que a Guiné - Equatorial não é uma democracia perfeita. Vamos aguardar pelo relatório", disse, admitindo que, por causa do petróleo, a adesão do país centro -africano "é apetecível" para os interesses económicos dos "oito". 
 
   
A 20 de Fevereiro, o Primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, afirmou que a posição oficial da Cidade da Praia passa por apoiar a entrada da Guiné Equatorial na CPLP, mas desde que Malabo cumpra os pressupostos estatutários da organização, definidos na cimeira de Luanda. 
 
   
O presidente da Guiné - Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, está no poder desde 1979.  


Angolapress
 




GUINÉ-BISSAU:QUEM ESTÁ COM GOLPISTAS ,CORRE ESTE RISCO


O holocausto dos negros

25.03.2012
 
A escravidão, o holocausto dos negros. 16675.jpegMuito se fala sobre o holocausto, muito se escreveu sobre os atos chocantes de maldade, barbaridade, crueldade contra vários grupos de pessoas desde os Estados Bálticos, até Europa Oriental e Central e Alemanha. Mas por quê a Escravidão não ocupa um lugar igual nos anais da depravação humana?

23 de março foi um dia de lembrança, um dia de homenagem aos homens, mulheres e crianças que foram arrancadas de suas casas, suas famílias e entes queridos. Onde estava este dia na mídia internacional? Esquecido.

A humanidade se lembra, justamente, das atrocidades do passado, garantindo que ficam nas páginas mais negras da história e fazendo com que as gerações futuras obrigatoriamente se apercebem quão baixo o ser humano pode afundar-se, garantindo que nunca maus esses terríveis atos de crueldade podem acontecer novamente. Muito foi dito e escrito sobre o holocausto judeu, mas sobre o holocausto africano - Escravidão?A escravidão, o holocausto dos negros. 16676.jpeg

Embora não haja registros exatos, foram feitas tentativas para documentar o número médio de escravos arrancados da África e levados para as Américas pelos ingleses, portugueses, espanhois, holandeses, franceses e dinamarqueses. O número oficial é 10 a 11 milhões. Mas vamos pesquisar mais ...


Estimativas credíveis (1) postulam 54 milhões como a cifra de pessoas transportadas contra a sua vontade entre 1666 e 1800. Se levarmos em consideração que o comércio quadruplicou entre 1810 e 1860, e apenas nos EUA, então o valor total seria algo em torno de 200 milhões de pessoas traficadas. Acrescente a isso o efeito sobre as famílias e vemos que este episódio mais terrível de nossa história coletiva é, em termos comparativos, praticamente ignorado.

Forçados a ficar deitados, cabeça contra pé, presos aos seus lugares, sem quaisquer estruturas de higiene ou saneamento, eles chegaram ao destino até seis meses depois num mar de excremento. Ou mortos. E este foi apenas o começo de um pesadelo que em muitos casos viram os escravos tratados como animais, ou pior, obrigados a dormir em condições insalubres e apertadas.

A escravidão, o holocausto dos negros. 16677.jpegAs punições incluíram serem fechadps por trás de uma porta pesada, sem espaço para se movimentar durante até três dias, com insetos e escorpiões rastejando por todo o corpo; ser privado de comida e água; ser espancado; ser chicoteado; ser "saqueado" - colocado dentro de um saco, amarrada no pescoço e sendo arrastado ao redor do perímetro da fazenda atrás de um cavalo; ser preso com um anel ao redor do pescoço ou tornozelo; ser atirado para uma masmorra; orelhas cortadas; ossos quebrados; amputação de membros; olhos arrancados; ser enforcado; castração; ser queimado; ser assado. Por quê? Por comer um pedaço de cana de açúcar, por exemplo.

Hoje, 2012, 400.000 pessoas por ano continuam a ser vítimas de escravidão, é por isso que esta coluna raramente é escrita no "Dia da ONU", porque eu considero que todos os dias sejam dias de luta contra a escravidão. Na Mauritânia, um escravo negro pode ser comprado por 11 euros e no Sudão, por 64 Euros. Na Índia, Paquistão, Nepal e Bangladesh, o comércio de escravos continua a processar 25 milhões de euros por ano.

27 milhões de pessoas vivem hoje em condições de escravidão. E não é só em longínquos países como Bangladesh, Sudão ou Mauritânia. De acordo com estatísticas elaboradas por pesquisadores nos Estados Unidos da América (2), "A Agência Central de Inteligência (CIA) estima que 50.000 pessoas são traficadas para, ou transitado através, dos EUA anualmente como escravas sexuais, domésticas, trabalhadores na indústria têxtil, ou escravos agrícolas";A escravidão, o holocausto dos negros. 16678.jpeg
"Entre 100.000 e 300.000 crianças nos EUA estão em risco de tráfico para exploração sexual a cada ano "... 2,8 milhões de crianças nos EUA vivem nas ruas e um terço delas são atraídas para a prostituição dentro de 48 horas depois de sair de casa. Casos de escravidão foram relatados em 90 cidades nos EUA.

Então, não vamos varrer a escravidão por baixo do tapete, não vamos perpetuar a noção de que isso aconteceu no passado e não continua no presente. Continua, sim e os meios de comunicação internacionais devem assumir a causa, que é uma imensa mancha sobre a identidade coletiva da humanidade.

(1) http://academic.udayton.edu/race/02rights/slave04.htm
(2) http://www.gchope.org/human-slavery-statistics.html

Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru

MANOBRAS DOS "GANGSTERS"


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Guiné-Bissau: Governo de transição prevê exportar 150 mil toneladas de caju

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
21:37 Quinta, 14 de Junho de 2012
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Bissau, 14 jun (Lusa) - O Governo de transição da Guiné-Bissau prevê exportar este ano 150 mil toneladas de caju, tendo sido exportadas até agora 22,5 mil toneladas.
De acordo com Hélder Henrique de Barros, o diretor-geral do Comércio e da Concorrência, do Ministério do Comércio, estão prontas a ser exportadas 90 mil toneladas, havendo pedidos de exportação na ordem das 42 mil toneladas.
Segundo o responsável, citado hoje pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG), houve muita castanha de caju, o principal produto do país, que foi exportada ilegalmente por via terrestre, em parte devido ao golpe de Estado de 12 de abril último


Ler mais: http://visao.sapo.pt/guine-bissau-governo-de-transicao-preve-exportar-150-mil-toneladas-de-caju=f670108#ixzz1xtTrpYev

GUINÉ-BISSAU

Angolapress

15-06-2012 14:24
Missang
Presidente da República felicita efectivos regressados da Guiné-Bissau 
Angop/arquivo
General Egídio de Sousa Santos leu, para efectivos da Missang, mensagem do Presidente da República
General Egídio de Sousa Santos leu, para efectivos da Missang, mensagem do Presidente da República
Luanda - O Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), José Eduardo dos Santos, endereçou uma mensagem de felicitações aos efectivos integrantes da Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (Missang), pelo cumprimento desta honrosa tarefa neste país.

A missiva foi lida, hoje (sexta-feira), pelo chefe do Estado Maior General adjunto das FAA para a Educação Patriótica, general Egídio de Sousa Santos, na parada de homenagem àqueles militares e efectivos da Polícia Nacional, realizada na Unidade de Forças Especiais, baseada em Cabo Ledo, província do Bengo.

“As FAA e a Polícia Nacional acabaram de cumprir mais uma honrosa missão que se inscreve nos anais da gloriosa História dos combatentes que lutaram pela libertação nacional, defesa da Pátria e integridade territorial”, salienta o estadista angolano.

José Eduardo dos Santos acrescenta que, tendo em conta o sentido do dever, disciplina e determinação que cumpriram, a missão para a qual foram incumbidos, “louvo os oficiais-generais, superiores, sargentos e soldados que integraram o efectivo da Missang, na Guiné-Bissau”.

Hoje ocorreu o acto formal que marca o regresso, ao país, de todo efectivo angolano, cumprida a missão de mais de um ano na Guiné-Bissau.

Sob orientação do ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem, testemunharam membros do Executivo, oficiais-generais e superiores dos três ramos das FAA (Exército, Marinha e Força Aérea), adidos de Defesa acreditados em Angola, entre outros convidados.

A Missang, num total de 249 efectivos, entre militares e polícias, estava desde Março de 2011 na Guiné-Bissau em resultado de um protocolo assinado entre os ministros da Defesa dos dois países, complementar a um Acordo governamental, ratificado pelos respectivos parlamentos.

A missão foi interrompida unilateralmente pelo Executivo angolano na sequência da crise interna político-militar registada naquele país e que culminou na deposição do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Gomes Júnior.
 
A cooperação técnica militar angolana previa uma ajuda ao programa de reforma das forças armadas e da polícia guineenses, consubstanciado na reparação de quartéis e esquadras, reorganização administrativa, formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efectivos em instituições de ensino militar e policial em Angola.

A Missang foi substituída por forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), comandadas pelo tenente-general Guibanga Barro, do Burkina Faso.

GUINÉ-BISSAU



Guiné-Bissau. Grupo de empresários portugueses demarca-se da posição do governo de Passos

Por Agência Lusa, publicado em 14 Jun 2012 - 15:20 | Actualizado há 1 dia 4 horas