10-06-2012 19:14Guiné-Bissau
Alunos da Faculdade de Direito preocupados com possibilidade de Lisboa cortar apoios
Bissau -- A possível reavaliação pela Faculdade de Direito de Lisboa, devido à situação política na Guiné-Bissau, do apoio que dá à Faculdade de Direito de Bissau está a preocupar os alunos da instituição guineense.
A 16 de Maio, o Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito de Lisboa, instituição que criou há mais de 20 anos e apoia a Faculdade de Direito de Bissau, emitiu um comunicado em que ressalva que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa não tenciona abandonar o projecto da Faculdade de Direito de Bissau, mas ainda assim "reserva-se ao direito de reavaliar a sua disponibilidade para a participação no projecto de cooperação da Faculdade de Direito de Bissau".
O comunicado sublinha que a continuidade dos apoios dependerá da evolução da situação política na Guiné-Bissau, onde se realizou a 12 de Abril um golpe de Estado, e também das decisões que o Estado português venha a tomar relativamente a sua cooperação com o país.
Em Bissau, numa visita à Faculdade de Direito, a Agência Lusa constatou a preocupação entre os alunos com a possibilidade do abandono do apoio proveniente de Lisboa, que é tema recorrente nos corredores da instituição.
"Esta Faculdade é a menina dos olhos da cooperação portuguesa. Mas se um dia Portugal deixar de apoiar-nos não quero pensar no que vai ser de nós", dizia o aluno Pedro Sambu, da Faculdade de Direito de Bissau.
Os receios dos alunos devem-se à dependência da Faculdade de Direito de Bissau desde a sua fundação - em 1989 -- em termos financeiros, científicos e pedagógicos da Faculdade de Direito de Lisboa.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. Portugal defende a reposição da normalidade constitucional e o regresso ao poder dos dirigentes depostos e a concretização das eleições presidenciais, interrompidas pelo golpe militar.
Na Guiné-Bissau foram entretanto nomeadas autoridades de transição, com apoio da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental, mas não reconhecidas pela restante comunidade internacional.
ANGOP
Agência Angolapress
Alunos da Faculdade de Direito preocupados com possibilidade de Lisboa cortar apoios
Bissau -- A possível reavaliação pela Faculdade de Direito de Lisboa, devido à situação política na Guiné-Bissau, do apoio que dá à Faculdade de Direito de Bissau está a preocupar os alunos da instituição guineense.
A 16 de Maio, o Instituto de Cooperação Jurídica da Faculdade de Direito de Lisboa, instituição que criou há mais de 20 anos e apoia a Faculdade de Direito de Bissau, emitiu um comunicado em que ressalva que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa não tenciona abandonar o projecto da Faculdade de Direito de Bissau, mas ainda assim "reserva-se ao direito de reavaliar a sua disponibilidade para a participação no projecto de cooperação da Faculdade de Direito de Bissau".
O comunicado sublinha que a continuidade dos apoios dependerá da evolução da situação política na Guiné-Bissau, onde se realizou a 12 de Abril um golpe de Estado, e também das decisões que o Estado português venha a tomar relativamente a sua cooperação com o país.
Em Bissau, numa visita à Faculdade de Direito, a Agência Lusa constatou a preocupação entre os alunos com a possibilidade do abandono do apoio proveniente de Lisboa, que é tema recorrente nos corredores da instituição.
"Esta Faculdade é a menina dos olhos da cooperação portuguesa. Mas se um dia Portugal deixar de apoiar-nos não quero pensar no que vai ser de nós", dizia o aluno Pedro Sambu, da Faculdade de Direito de Bissau.
Os receios dos alunos devem-se à dependência da Faculdade de Direito de Bissau desde a sua fundação - em 1989 -- em termos financeiros, científicos e pedagógicos da Faculdade de Direito de Lisboa.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau foi condenado pela generalidade da comunidade internacional. Portugal defende a reposição da normalidade constitucional e o regresso ao poder dos dirigentes depostos e a concretização das eleições presidenciais, interrompidas pelo golpe militar.
Na Guiné-Bissau foram entretanto nomeadas autoridades de transição, com apoio da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental, mas não reconhecidas pela restante comunidade internacional.
ANGOP
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