quinta-feira, 19 de julho de 2012

DICO,PARA SER CANDIDATO À VIGARISTA,NÃO É PRECISO APRESENTAR O BILHETE DE IDENTIDADE. vejam a história...


19.07.2012 13:29, Dico from Bissau E-Mail:
Admira-me é a hipocrisia daqueles cidadãos guineenses que fingem querer avançar o país por caminhos pouco transparentes e perigosos a ponto de não quererem ver o que estava claro na era CADOGO:
- Nino eliminava seus adversários à sua maneira, coisa que CADOGO copiou e modificou o "modus operandi".

Todos sabiam que o pobre do Roberto Cacheu não se encontrava nem na Cúria, nem na Diocese de Bissau e muito menos em França. Mas ninguém achou relevante perguntar desde Dezembro e com persistência o seu paradeiro. O seu nome não foi evocado em nenhuma campanha eleitoral. Passou-se simplesmente esponja por cima da sua alma e com o silêncio cúmplice da LIGA GUINEENSE "SELECTIVA" DOS DIREITOS HUMANOS. Caiu-se no conformismo de “NHA BOCA KA STA LA” e não houve tempo para manifestações cívicas a exemplo daquelas à frente da sede da UNIOGBIS e da UEMOA.

Os pretensores fazedores de opinião pública, não estranharam que se ele estivesse vivo, mesmo na lua, daria a cara após o 12 de Abril de 2012, e silêncio completo sobre o assunto.


Aonde esta o culto de adoração a Deus que todos dizem praticar numa ou noutra fé religiosa?

Aonde, na constituição da Republica, é permitido a um simples ocupante rotativo dum dos órgãos da soberania decidir tirar a vida a um concidadão?

Vamos continuar a clamar o regresso ao regime CADOGO que distribuía rebuçados e envenenava-nos as almas ao estilo maquiavélico do regime de quem conquistou o poder vitalício no hemisfério sul?
Irmãos, procuremos seguir para a frente, mas noutras condições: tirando ensinamentos do passado. Documentemos a nossa história, com factos. Nisso também contribui a JUSTIÇA: cada dossier faz história.
Para seguir o apelo justo que o líder Idrissa Djaló lançou, não haverá paz no país sem perdão (Desmond Tutu escreveu “não há futuro sem perdão”), não há perdão sem justiça, e os julgamentos devem começar pelos mais recentes aos mais remotos.

Há que ter um ponto sem retorno na luta contra a impunidade, os crimes mais recentes têm mais chance de prevenir efeitos indesejáveis dum futuro próximo, por terem memorias mais frescas, do que crimes remotos cujas testemunhas-chaves quase pereceram.

Se isto não acontecer, daremos o ámen para continuarmos a caminhar para o antigo faroeste americano, com a lei do mais forte (quem tem fardas pode tudo e tem razão, quem governa é-lhe permitido tudo). A impunidade vai alimentado ciclos de novos confrontos de forças, em que o verdugo, encostado à parede da decapitação queixa-se da guilhotina que sempre foi seu utensílio.

O velho ditado: “não faças a outrem aquilo que não gostes que te façam a ti”, é um instrumento da justiça divina que nem sempre a justiça térrea aplica por considerandos afins, mas que é a tradução dum dos mandamentos da bíblia cristã (não lesarás). Talvez por isso o verdugo CADOGO escapou da guilhotina a 12 de Abril de 2012. Agora que não seja burro a pensar que a sorte sempre estará do seu lado a andar dessa maneira, com todos os conflitos de interesses que carrega às costas e a insistir no seu regresso como candidato às presidenciais antecipadas a 11 de Abril de 2012.

As minhas condolências à família de Roberto Cacheu, e que a sua alma repouse em paz, mas com direito à justiça.

Roberto Cacheu não foi golpista e a alegada tentativa de golpe de 26 de Dezembro de 2011 não passou de farsa para neutralizar e aniquilar as ameaças à ascensão de CADOGO nas esperadas eleições presidenciais antecipadas (já se sabia que Bacai Sanhá tinha os dias contados, ou se calhar, fazendo fé às especulações, já se encontrava morto nessa data da alegada tentativa de golpe de estado).

Basta ao Ministério Público querer limpar a imagem de impotência e profissionalismo dúbio, para que seja potenciado com capacidades e recursos, sem tretas de segurança de estado, soberania e outras, para que consequentemente haja um virar da história deste País, e limpar o escuro tenebroso que ensombra e ameaça o nosso avanço como Nação.
Frederico

fonte:liberdades 

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